11/10/2016 16:49

Vinculado ao Papão, meia ex-Grêmio e Verdão pode passar por transplante

Marcelo Costa, 36 anos, foi diagnosticado com insuficiência renal e realiza tratamento diário de diálise peritoneal. O contrato até novembro com o Paysandu está suspenso

Contra o Remo, durante o estadual, Marcelo fez uma de suas últimas partidas (Foto: Fernando Torres/Ascom Paysandu)



Grandes desafios sempre fizeram parte da carreira de Marcelo Costa. O meio-campista atuou por alguns dos maiores clubes do Brasil e conquistou títulos com participações efetivas. Foi assim na Batalha dos Aflitos em 2005 quando o Grêmio levantou a taça da Série B. Porém, a vida do jogador deu uma reviravolta na temporada 2016 quando ele descobriu um grave problema de saúde pouco tempo depois de se transferir ao Paysandu, no começo deste ano.



Ao ter que ser levado ao hospital após um treinamento de rotina em Belém, o jogador foi diagnosticado com insuficiência renal, a perda súbita da capacidade de funcionamento do órgão filtrar resíduos, sais e líquidos do sangue. Marcelo, então, ouviu a pior frase de sua vida pouco meses depois, já em Santa Catarina, do médico que passou a acompanha-lo.



– Marcelo, você não vai mais poder jogar futebol. O médico me disse. Eu até agora não acredito nisso. Tudo muito de repente – revela.



Segundo Marcelo, os primeiros sintomas vieram à tona ainda em 2015, na época que ele defendia o JEC na primeira divisão nacional. Para o jogador, na época com 35 anos, o cansaço frequente e o inchaço das pernas mais pareciam com retenção de líquido após o período tratando uma lesão. Só que não.

Marcelo Costa também atuou pelo Goiás (Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás E.C.)



– Comecei a sentir há mais ou menos um ano, quando ainda jogada pelo Joinville. Era um cansaço tão grande, uma fadiga, fraqueza sem tamanho... Pensei que era retenção de liquido porque não vinha atuando. Não fazia ideia do que se tratava – relembra.



Desde então, o jogador tem realizado tratamento em casa. Diariamente ele é submetido a uma diálise peritoneal, uma técnica fisiológica que atua como um filtro sanguíneo. Porém, para os médicos o ideal é o transplante de rins.



– Faço diálise peritoneal em casa. Todas as noites eu faço e tenho me adaptado bem ao tratamento. Confio em Deus e sei que ele não vai me abandonar nesse momento de dificuldade. Eu continuo sonhando em voltar a jogar, atuando, dando assistência e fazendo gols. Transplante seria a constatação de que não voltaria mais a jogar – confia.



Vínculo com o Paysandu



Marcelo Costa foi anunciado pelo Paysandu em janeiro de 2016 para ser o dono da camisa 10. Porém, dentro de campo, o rendimento do jogador não foi satisfatório, já por conta do problema de saúda, até então desconhecido. Em entrevistas após os poucos jogos que atuou, Marcelo apontava a falta de adaptação aliado a problemas físicos.



Ao GloboEsporte.com, Alberto Maia, presidente do Paysandu, informou que Marcelo Costa está de benefício junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) desde a confirmação do diagnóstico atual. Ele ponderou, no entanto, que o jogador ainda tem vínculo contratual com o Paysandu.



– Ele está de benefício junto ao INSS, o que torna o contrato dele suspenso, porém, com vínculo com o Paysandu – explicou o mandatário bicolor.

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