7/12/2016 12:49

Os desejos do "inglês" Gabriel Jesus

No adeus ao Palmeiras, atacante lembra o bairro onde cresceu e elogia Pep Guardiola, seu próximo treinador, após primeiro contato presencial em Manchester

Na semana passada, Jesus esteve em Manchester, cidade onde morará (Foto: Guilherme Pereira)



A vida de Gabriel Jesus mudará bastante no próximo mês. Contratado pelo Manchester City, ele viajará à Inglaterra para ficar no início de janeiro. Levará consigo a mãe, Vera Lúcia, o irmão Felipe e dois amigos. Se dependesse dele, levaria todo o Jardim Peri, bairro na zona norte de São Paulo, onde cresceu e deu os primeiros chutes em uma bola.



Gabriel repetiu o nome do local diversas vezes ao longo de sua entrevista coletiva de despedida, nesta quarta-feira. Fez questão de ressaltar o quanto suas origens ficarão para sempre marcadas em sua vida, independentemente de onde esteja morando.



– Se eu pudesse, eu levava todos que desde o meu crescimento estão comigo. Sou muito conectado a isso, ao meu bairro, Jardim Peri. Toda vez que estou de folga, eu vou para lá, vejo meus amigos. Se eu pudesse, levava o Jardim Peri inteiro, formar um Jardim Peri na Inglaterra (risos). É um lugar onde sinto paz. Estou indo com minha mãe, meu irmão e dois amigos que, desde meu crescimento, estão comigo. Jogaram comigo desde pequeno – contou o garoto.



No último sábado, Gabriel Jesus teve o primeiro contato com o Manchester City. Viajou à cidade, conheceu as instalações do clube, o estádio e se encontrou com Pep Guardiola, seu novo técnico a partir de janeiro. Já ouviu a primeira restrição do comandante: nada de refrigerantes.



– Senti que é uma excelente pessoa. Técnico, todos sabem da qualidade dele. Gostei dele, é um cara que gosta de brasileiros. Ele me passou um planejamento. Desde a primeira vez que me ligou, o contato foi muito bom. Ele me deu uma dura ainda, dizendo que não posso tomar Coca. Eu não gosto mesmo – contou, entre risos.

Gabriel Jesus se encontrou com brasileiros do City e o técnico Pep Guardiola (Foto: Reprodução / Twitter)



Por outro lado, ele também tem um pedido ao clube inglês. Quer continuar usando a camisa 33, que adotou no Palmeiras desde o início da trajetória como profissional – uma alusão à idade de Jesus Cristo.



– Tinha falado que quero a 33, um número que desde quando cheguei, subi ao profissional, uso. Gostei muito, foi ajuda da assessoria do Palmeiras a escolher.



O clima será um dos obstáculos a serem superados em Manchester. Na derrota do City para o Chelsea, sábado, Gabriel Jesus já sentiu, da arquibancada, o que o espera na nova casa.



– Estava muito frio lá, estava tremendo. Vou ter que jogar todas as minhas roupas fora – brincou.

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