A 38ª e última rodada do Campeonato Brasileiro foi decepcionante para o Vitória, mas não chegou a ser um pesadelo. O Leão da Barra permanece na Série A mesmo sendo derrotado pelo campeão Palmeiras neste domingo (11), por 2 a 1, no Barradão. O Alviverde jogou só o necessário, mas explorou o nervosismo adversário para vencer com gols de Gabriel e Alecsandro – Marinho também deixou o dele.
O revés não custa caro ao Vitória, que se salva do rebaixamento na 16ª colocação, com 46 pontos. A verdade é que ao longo da rodada o Leão não chegou nem perto de cair, pois o Internacional teria que golear o Fluminense para representar perigo. No ano que vem, portanto, tem Ba-Vi na Série A. Já o campeão Palmeiras encerra sua bela campanha com 80 pontos e se despede do técnico Cuca com a 24ª vitória no Brasileirão.
Quem foi bem: Alecsandro cheira a gol
O camisa 9 palmeirense teve poucas oportunidades, mas ainda assim balançou as redes duas vezes. O primeiro gol não valeu, pois a arbitragem viu toque de mão do centroavante, mas o segundo foi legal. A bola espirrada na área foi chicoteada por Alecsandro e só parou na rede. De olho em 2017, ele já disse que "tudo indica" que continua no Alviverde.
Quem foi mal: Zaga do Vitória falha demais
A defesa rubro-negra bateu cabeça durante toda a partida e falhou também na bola aérea. Ambos os gols palmeirenses tiveram certa contribuição do Vitória: primeiro Euller carimbou um companheiro e deixou bola livre para o palmeirense Gabriel marcar, depois foi a vez de Diego Renan tomar belíssimo drible de Fabrício no lance do gol de Alecsandro.
Tenso, Vitória não consegue criar
O nervosismo foi visível no jogo rubro-negro. Toda bola parava em Marinho, ainda que a consistência do Palmeiras não permitisse ao camisa 7 usar sua velocidade. Foi na bola parada que o melhor em campo do Vitória levou maior perigo: fez um gol e mandou bola na trave.
Palmeiras joga solto e faz obrigação
O Alviverde atuou com a tranquilidade de um campeão brasileiro por antecipação, com os reservas mantendo o padrão de jogo. O calor de Salvador também contribuiu para a cadência, e o Palmeiras não viu motivo para acelerar.
Erros defensivos resultam em dois gols
Marinho cobrou falta com veneno aos 12 minutos, e uma furada de Alecsandro adiou a reação de Jaílson: quando o goleiro viu, a bola já estava dentro. O Palmeiras respondeu de imediato quando Euller chutou a bola em cima de Willian Farias, e a sobra ficou limpa para Gabriel empatar. A virada palmeirense não teve erro adversário, mas uma belíssima caneta de Fabrício em Diego Renan.
Mina volta a sentir dores na coxa
O zagueiro palmeirense só jogou meia hora, substituído por sentir dores na coxa esquerda. Ele convive com a problema no local desde julho, quando precisou ficar cinco semanas de molho, e sentiu novamente no mês passado. A princípio, entretanto, não preocupa para a próxima temporada.
Tributo à Chape dentro e fora de campo
A torcida levou balões verdes e brancos ao Barradão, lembrando os profissionais da Chapecoense que faleceram na última semana. Duas vítimas do desastre aéreo foram as mais homenageadas: Arthur Maia e Caio Júnior, que trabalharam no Leão. Os times entraram em campo e ouviram o hino nacional com uniformes da Chape – o Palmeiras de verde, e o Vitória de branco –, mas aturam com suas camisas principais. Ao abrir o placar, Marinho mostrou o escudo da Chape por baixo da camisa. Gabriel, ao empatar, fez a mesma menção no símbolo presente na camisa alviverde.
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Encerramento com chave de ouro