Joia 2017: sócio-torcedor do Verdão, caçula Alan quer brilhar em casa

Aos 16 anos, meia ganha primeira oportunidade na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com passagens pela seleção brasileira, ele é aposta de futuro do Palmeiras

Alan Guimarães espera fazer boa Copinha para chamar atenção do profisisonal (Foto: Felipe Zito)



Quem vê um baixinho de 1,63m vestindo a camisa 10 do Palmeiras pode até desacreditar na disputa contra adversários mais robustos, ainda mais aos 16 anos e jogando a sua primeira Copa São Paulo. Mas Alan Guimarães está acostumado com a pressão e com o peso de ser quase sempre o caçula.



Com passagens pelas divisões inferiores da seleção brasileira, viu na oportunidade de enfrentar os mais velhos uma experiência a mais para subir degraus e iniciar uma carreira promissora no futebol. E tudo fica ainda mais perfeito quando ocorre no clube do coração.



– Eu sou palmeirense, estou muito feliz. Meu sonho era jogar aqui. Minha família é palmeirense desde sempre. Sempre vou ao estádio, tenho até carteirinha de sócio-torcedor para acompanhar – contou Alan Guimarães, que avançou com o Verdão para a próxima fase da Copinha.



Em casa há três anos, o meia palmeirense chamou a atenção do Verdão quando ainda atuava no futsal de São Bernardo. Bastaram dois jogos contra o seu time do coração, com direito a quatro gols marcados, para mudar de lado. No futebol de campo, o destaque foi coroado com uma sequência de convocações para as seleções sub-15 e sub-17.



– São muitos campeonatos fora do país, jogamos contra times mais velhos. Ajuda bastante no nosso crescimento no futebol. Desde o sub-15 eu jogo com mais velhos. Para mim está sendo normal, estou me adaptando bem – afirmou o atleta, que recebe grande apoio do técnico João Burse, comandante do time sub-20 do Verdão.



– Temos de dar oportunidades para os talentos, independentemente de idade. O Vitinho já fez a sua transição, mesmo sendo primeiro ano de júnior vai fazer a pré-temporada com o profissional. Isso abre oportunidade para o Alan mostrar seu futebol. Ele já faz isso na seleção e no juvenil. Entrou na fase final do Campeonato Paulista (sub-20) e foi muito bem. Ele está conquistando o espaço, talento não tem idade. Temos de oportunizar e fazer com que eles se sintam à vontade – disse o treinador.



Para atrair a atenção do técnico Eduardo Baptista e ser aproveitado no elenco profissional do Palmeiras, Alan conta com a sua experiência dentro do próprio clube. Na Academia de Futebol, em 2015, ele teve a oportunidade de atuar ao lado daqueles que hoje servem como exemplo e inspiração para o futuro.



– Por ser meia gosto muito do futebol do Tchê Tchê e do Dudu. Eu tento acompanhar jogos, vejo vídeos. Até do Iniesta, do Barcelona, também. Tento fazer igual dentro do campo e mostrar meu futebol. Em 2015 eu fiz um treino e dei uma assistência para o Dudu. Fiquei muito feliz. Eu quero fazer uma boa Copinha para ficar bem visível para o pessoal lá de cima e poder subir – declarou o jogador, que já tem em contrato com o Verdão uma multa rescisória alta: R$ 72 milhões.



Em 2015, Gabriel Jesus começou a temporada no elenco do time sub-20, ainda aos 17 anos, mas foi promovido ao elenco profissional logo depois da Copinha. Dois anos depois, o atacante se despediu do Palmeiras rumo ao futebol inglês com a bagagem cheia: a medalha de ouro olímpica, os títulos da Copa do Brasil e do Brasileirão, além da vaga na equipe titular na Seleção comandada por Tite. Será que o filme pode se repetir?

– (Gabriel Jesus) É uma inspiração para nós, dentro e fora de campo. Vimos ele treinando com a gente. Tentamos imitá-lo ao máximo para chegar no profissional e fazer igual.