“O Palmeiras é um baita clube, dos maiores da América, tem torcida enorme e muita pressão também. Eu fiquei feliz de tudo ter dado certo e vestido a camisa. Foi o maior time que já passei. Só tenho que ficar feliz. Claro que queria ter toda a bagagem e a experiência de hoje, quem sabe as coisas poderiam ter sido diferentes”, disse Carmona, atualmente no Suwon City-COR, ao ESPN.com.br.



O jogador foi pedido do técnico Luiz Felipe Scolari que buscava um substituto para quando Valdivia não estivesse em campo.



“O Felipão foi uma pessoa super importante na minha carreira. Tinha seus dias brabos e outros mais tranquilos (risos). Tinha vezes que conversava mais, em outras não. Variava de acordo com o clima do clube. Ele era o mais cobrado pelos títulos e carreira. Toda responsabilidade ia para ele. Não sei se foi justo", confessou.



Logo no primeiro jogo, Pedro Carmona esteve como titular na derrota contra o Santos pelo Brasileiro.



"Ele me levou para um grande clube com jogadores de nível de seleção. Joguei com Marcos, Valdívia e Marcos Assunção. Pude ver como é o alto rendimento do futebol nacional. Só tenho que agradecer”, garantiu.



Depois da estreia, perdeu espaço em uma equipe que lutava contra a crise e precisava de uma solução imediata.



“Muita coisa marcou. A paixão da torcida era muito grande, aonde a gente ia tinha muita gente. Tinha muita confusão também até em aeroporto (risos)”, contou.

Pedro Carmona



O momento mais feliz do meia no Palmeiras foi no jogo contra o Ajax, da Holanda, realizado no Pacaembu no começo de 2012. Ele marcou o gol no empate por 1 a 1.



“Tinha jogadores que nunca tinha visto pessoalmente. O goleiro deles era o Cillensen que foi para a Copa do Mundo de 2014 e hoje está no Barça. Foi meu único gol no Palmeiras, não tem como não ter marcado. Ainda foi de cabeça, no máximo fiz uns 3 gols assim na carreira toda. A sensação foi maravilhosa, queria ter feito mais”, recordou.



Logo em seguida, Pedro Carmona recebeu uma proposta do Vegalta Sendai, do Japão, mas o Palmeiras recusou. Luiz Felipe Scolari garantiu que ele receberia mais oportunidades, que não vieram. Com a chegada de Daniel Carvalho ele perdeu ainda mais espaço.



“A situação do clube não era legal e o time não encaixava. O Felipão usava um meia só no time e tinha Daniel Carvalho e Valdívia, jogadores de seleção na minha frente. Hoje, eu vejo que poderia ser muito melhor do que na época. Parte de inteligência dentro do campo e com a experiência que tenho hoje. Talvez não fosse meu momento certo para jogar e eu não enxergava isso. Eu achava que estava preparado. Será que era a hora? Ia dar certo? Não sei dizer”, questionou.



Quando analisa sua passagem pelo time alviverde, Carmona é bastante realista.



“Eu não dei errado e nem certo no Palmeiras. Joguei só como titular na Vila Belmiro contra o Santos pelo Brasileiro e depois fiz um jogo no Paulista de 2012. Acho difícil julgar um jogador só por isso. Teve partidas que entrei mal, como contra Atlético-GO fora, em outras entrei muito bem como contra o Vasco no Pacaembu. Nesses curtos momentos eu oscilei. Tentei fazer meu melhor, mas foi assim”.



Como nem sequer era relacionado entre os reservas nas últimas partidas, o meia pediu para ser negociado com o São Caetano, em junho de 2012.



“Eu queria jogar e não aguentava mais esperar e pedi para sair. Eles vieram com contrato de três anos e fui para lá. Queria jogar de qualquer jeito”, afirmou.



Carmona saiu do Palmeiras poucos meses antes da conquista da Copa do Brasil em cima do Coritiba. Em quase um ano no time alviverde, foram 12 partidas (duas delas como titular) e um gol marcado.



“Poderia ter tido uma sequência maior. Eu tinha só 23 anos. Eu nunca tive paciência, talvez até me precipitei na saída do Palmeiras. Mas assim quis o destino. Só aprendi a ter paciência depois da passagem pelo Náutico que tive um problema no joelho. Pude analisar algumas decisões da minha carreira. Poderia ter esperado melhor a minha chance. E ter algum futuro no Palmeiras mais para frente. Fiquei um ano, mas poderia ter ficado mais tempo”, analisou.



Após sair do Palestra Itália, Pedro Carmona jogou por São Caetano, Náutico, , Grêmio Novorizontino, Vila Nova,Oeste, Grêmio Osasco Audax e Fortaleza. Atualmente, ele defende o Suwon City, da Coreia do Sul.

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