Obviamente, quando repetiu diversas que o técnico é Valentim, em entrevista coletiva no sábado, o presidente Maurício Galliote quis desconversar sobre o interesse no comandante cruzeirense. Mas, independentemente disso, o fato é que está dada ao membro da comissão permanente palmeirense uma nova chance.



Oportunidade que chega antes até do esperado. Depois de uma experiência como treinador do RB Brasil no Campeonato Paulista deste ano, Valentim retornou ao Palmeiras novamente como assistente, a pedido de Cuca, que deixou o clube na sexta-feira.



Só que a ideia era ficar no cargo coajuvante ao menos até o final da temporada, como ele mesmo tinha dito ao GloboEsporte.com há pouco menos de três semanas:



– Este ano quero terminar como auxiliar, quero ajudar o Palmeiras. A gente tem chance de ser campeão, estamos lutando para ficar no segundo lugar, no mínimo, para ir para a Libertadores no ano que vem. Terminando o campeonato, aí vamos ver o que vai acontecer.



De perfil discreto, Valentim talvez não diga abertamente que gostaria de assumir a equipe de vez, e não interinamente. O que se ouve de pessoas próximas, no entanto, é que ele se sente pronto para esse desafio.



Já se sentia no final da temporada passada, na primeira saída de Cuca, ocasião em que a diretoria optou pela contratação de Eduardo Baptista, e ele então aceitou proposta do RB Brasil.



– Fiquei esperando o que iria acontecer. Tinha decidido dar um tempo como auxiliar e tive a proposta, mas não teve frustração nenhuma, não teve briga nenhuma. Tanto é que voltei para cá com as portas abertas – comentou o auxiliar, na mesma entrevista.



Além disso, pesa a seu favor uma adoração curiosa de grande parte da torcida. Em enquete sobre quem deve ser o substituto de Cuca desta vez, ele aparece o tempo todo entre os mais votados.



Neste domingo, diante do Atlético-GO, às 17h (de Brasília), em Goiânia, Valentim estará à frente na área técnica do Palmeiras pela 12ª vez. Desde 2014, já substituiu outros quatro treinadores (Marcelo Oliveira, Oswaldo de Oliveira, Ricardo Gareca e Gilson Kleina) com seis vitórias, um empate e quatro derrotas.

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