Felipe Menezes fez os dois gols na vitória por 2 a 0 sobre o Avaí (Foto: Fernando Remor / Agência Estado)
Autor dos dois gols na vitória do Palmeiras sobre o Avaí por 2 a 0, nesta quarta-feira, Felipe Menezes entrou no debate sobre a formação no futebol do Brasil. O atleta palmeirense opinou que os jogadores chegam ao profissional sabendo "muito pouco" de tática.
Menezes acredita que é preciso haver um maior intercâmbio entre técnicos da base e do time principal.
- Sem dúvida que é fundamental. E o jogador chega ao profissional sabendo muito pouco taticamente. É preciso discutir isso mais um pouco e haver um intercâmbio maior de treinadores que já estão no profissional com treinadores que estão na base. O jogador tem que chegar preparado taticamente e tecnicamente. Taticamente, haveria como o jogador chegar mais preparado (ao profissional) se houvesse uma atenção maior - opinou o meia.
Felipe Menezes também comentou que as conquistas históricas do futebol brasileiro se devem mais ao talento individual do que a tática "extremamente bem postada". No entanto, o jogador também considera que a frequente ida de atletas para a Europa está colaborando para mudar esse cenário. O próprio Felipe teve uma experiência no Velho Mundo, jogou no Benfica entre os anos de 2009 e 2013.
- O jogador brasileiro, em boa parte do tempo, conseguiu as conquistas pelo talento individual, e não pelos times extremamente bem postados taticamente. Talvez isso tenha criado esse hábito, mas eu acho que dos últimos anos para cá isso tem mudado, principalmente com a experiência dos jogadores na Europa, e pode ter esse intercâmbio. Mas ainda assim, acho que a gente tem que melhorar - afirmou.
O jogador do Palmeiras também abordou outros temas durante sua participação no programa "Arena SporTV". Menezes admitiu que a atuação na vitória sobre o Avaí foi sua melhor com a camisa do Palmeiras, mas afirmou que também teve outras boas que não ele fez gol. Sobre a comunicação com o técnico argentino Ricardo Gareca, o meia disse que a compreensão fica clara quando o treinador fala devagar.
Integrante do Botafogo nas temporadas 2011 e 2012, o agora palmeirense também incluiu a questão das concentrações sobre as mudanças pelas quais ele acredita que o futebol brasileiro precisa passar. No ano passado, os atletas do Alvinegro se reuniram e decidiram diminuir a frequência no regime de concentração. Passando por salários atrasados, a diretoria do clube carioca atendeu a reinvindicação.
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