Conforme apurado pelo UOL Esporte, o seu nome é uma das prioridades dos ucranianos no mercado, especialmente após o clube ser comunicado que um de seus destaques, Taison, pretende mudar de ares ao fim da Copa do Mundo.
O homem de confiança de Tite está em Donetsk desde 2013 e pretende aproveitar a valorização com a ida à Rússia para seguir o caminho de seu companheiro Fred, que assinou com o Manchester United, e também se aventurar em um país com mais visibilidade.
A princípio, ele ouviu que, com "a proposta correta, existe conversa".
A eventual saída de Taison abriria uma lacuna ainda maior na beirada de campo no elenco do técnico Paulo Fonseca. Bernard, cujo contrato está se encerrando, não irá renovar e anunciou o seu adeus. Outra baixa na frente foi a do argentino Facundo Ferreyra.
Róger Guedes é uma alternativa para o Shakhtar preencher esta lacuna e concretizar, assim, a volta por cima do atacante, que quase foi devolvido pelo Atlético-MG ao Palmeiras no início do empréstimo.
Negociação complexa
Os cartolas ucranianos têm consciência de que não estão sozinhos na parada: Al-Wehda, Al Hilal, Benfica, Porto e Stuttgart também demonstraram interesse pelo jovem jogador. Até o momento, as cifras giram ao redor de 7 milhões de euros (R$ 29 milhões).
O empresário Paulo Pitombeira, responsável por cuidar da carreira de Guedes, quer resolver o assunto com o presidente Sérgio Sette Câmara em Belo Horizonte até sexta-feira.
O Atlético-MG tenta manter o artilheiro do Brasileirão, com nove gols, pelo menos até dezembro. A chance é classificada como remota para não dizer nula.
O negócio é tido como complexo por envolver diversas frentes: o Palmeiras, que detém 25% dos direitos econômicos, mas possui a última palavra sobre o seu futuro e exige um valor mínimo para liberá-lo; o Criciúma, que manteve os outros 75%; e, claro, o próprio atleta e seus representantes.
Do outro lado da mesa, defendendo o Shakhtar, está o agente franco-argelino Franck Henouda, que fechou a compra da revelação palmeirense Fernando na semana passada. O empresário atua em sintonia com o novo diretor esportivo do clube, o português José Boto, que foi trazido do Benfica para a próxima temporada. Boto defendia a ida de Guedes para Lisboa.
Henouda é figura conhecida nos bastidores e foi um dos principais responsáveis pela legião de brasileiros que ficou famosa em Donetsk.
No aguardo de uma decisão, Róger Guedes já definiu que sua prioridade é se transferir para a Europa.
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