Falta de vitórias e proximidade da zona da degola surpreendem Gareca

Técnico só somou um ponto em quatro jogos no Brasileiro e está a três da zona de rebaixamento (Cesar Greco/Ag Palmeiras)



Após dois meses só observando e treinando o Palmeiras, Ricardo Gareca se surpreende com a situação que o time vive. A três pontos da zona de rebaixamento e com somente um ponto conquistado nas quatro partidas que participou no Campeonato Brasileiro, o treinador não esconde a frustração pela falta de resultados na liga nacional.



“Eu esperava ter mais pontos. Jogar melhor é um processo que leva o tempo, mas achei que teríamos mais pontos, não pensei que viveria essa situação”, disse o argentino, surpreso, principalmente, pela proximidade com a faixa que define os novos integrantes da segunda divisão. “Não acreditava que o Palmeiras estaria nesta posição, mas está.”



Mas, se as vitórias não chegam, o técnico tem visto evolução do time, que só não lhe agradou na derrota para o Corinthians. “Temos evolução e vamos melhorando”, analisou. “O Palmeiras vai formar uma grande equipe, tem potencial para armar um grande time. Sei a situação, mas penso positivo e creio que vamos avançar muito”, apostou.



Apesar dos elogios, tem sido presente em todas as entrevistas coletivas do treinador pelo Verdão a frase “há que melhorar”. Uma frase fácil para ser dita por quem ainda está aprendendo português, mas que é presente permanentemente na filosofia do argentino. “Na Argentina, eu também dizia isso. Sempre é necessário melhorar”, sorriu, confiante de que o Palmeiras voltará a vencer após sete rodadas no Brasileiro.



“Tive momentos difíceis como treinador e esse é um deles por ser estrangeiro, vir a um país de outro costume, o Brasil. Mas sempre penso positivo. Estou acostumado a situações difíceis porque faz 20 anos que sou técnico e já passei por tudo. Creio que o Palmeiras vai melhorar. É meu desejo triunfar no Brasil, me preparei para isso”, falou, sem deixar de elogiar os adversários para enaltecer sua missão.



“O Brasileirão é muito difícil e competitivo, com grandes times. Todas as partidas são importantes, você sempre enfrenta times grandes, bem formados e trabalhados, com bons treinadores”, apontou o treinador.