100 anos de Palmeiras: Torcedora mantém cabelo verde há nove anos

Palmeirense exalta amor pelo Alviverde, que conheceu graças ao pai, um colecionador de ingressos antigos. Unhas também são verdes e as tatuagens estão corpo

Torcedora apaixonada pelo Palmeiras pintou o cabelo de verde há nove anos (Foto: Arquivo Pessoal)



Até onde você iria pelo seu clube? Tatuaria seu corpo? Pintaria seu cabelo? Passaria frio e fome atrás de um ingresso? Pois a palmeirense Karina Andrade, de São Paulo, já passou por tudo isso. Aos 29 anos de idade, a jornalista já mantém há nove anos o visual com os cabelos verdes e sabe bem o que é ser apaixonada por um time de futebol.



Com apenas quatro anos de idade, foi pela primeira vez ao estádio assistir ao Palmeiras, graças ao seu pai, Antônio Carlos, de quem herdou o amor pelo Verdão. Foi uma partida amistosa contra a seleção do Japão, no Pacaembu, onde o atacante Gaúcho garantiu a vitória por 1 a 0. O jogo aconteceu em 27 de julho de 1989. Começava ali uma rotina que perduraria até os dias de hoje.



Karina pode até não se recordar desse time que tinha Zetti, Careca e Mauricinho, mas sem dúvida alguma se lembra do elenco campeão paulista e brasileiro em 1993, quando o Palmeiras acabou com um jejum de quase 17 anos sem títulos.





(Coleção de ingressos do Palmeiras: de pai para filha)



- Foi quando notei que a paixão que eu tenho pelo Palmeiras era algo inexplicável. Vencemos o Corinthians (pelo Estadual) e eu e meu pai fizemos a festa sozinhos! No nosso bairro a maioria é corintiano. Chorei muito de alegria naquele dia! – disse a torcedora.



Tendo o pai como espelho, o amor de Karina pelo clube só aumentou. De ingressos antigos da década de 70 - guardados por Antõnio Carlos -, até duas tatuagens no braço, tudo faz lembrar a paixão da família pelo Alviverde.



- Ele me emociona, me arrepia. Sabe aquela sensação de “borboletas no estômago” quando se está apaixonado? Então, é o que eu sinto com o Palmeiras. Acho que sou palmeirense nível “hard”. Para você ter uma ideia, o toque do meu celular é a narração do gol do Alex em 2002, quando ele dá um chapéu no Rogéio Ceni - declarou, lembrando de vitória por 4 a 2 sobre o São Paulo, no Morumbi.



Ela já se prepara, junto com milhares de palmeirenses, para festejar os 100 anos do Palmeiras no próximo dia 26 de agosto.





(Unhas verdes e tatuagem no braço: fanatismo pelo Palmeiras)