COLUNA: Depois da derrota para o Sport, Palmeiras não tem mais tempo para testes; nem para derrotas

Contra os pernambucanos, ontem, confesso que senti um grande aperto no peito. Parece que o time foi resumido em um catado de atletas, que estão em campo sem qualquer tipo de conhecimento uns com os outros. Jogam apenas pelo fato de jogar, sem demonstrar qualquer tipo de respeito à camisa que vestem.



Eu não consigo acreditar até agora que o Wendel completou 200 jogos na lateral direita. É muito fraco, não apoia e sofre demais para voltar na marcação. Todos seus cruzamentos são sofríveis.



Os garotos da base até tentam, mas também não dá. Victor Luiz se assustou demais com o gol de empate do Sport, deixando praticamente de jogar. Renato espanou a bola que rendeu o segundo gol do adversário. Erros assim levam o time para a segunda divisão, sem maiores complicações.



Mas, na minha visão, o maior responsável por toda essa situação é o presidente Paulo Nobre e o gerente executivo, José Carlos Brunoro. Ambos não souberam montar uma equipe competitiva quando precisava. Existe um tempo certo para essa montagem, e geralmente é no começo do ano. Com pelo menos 30 dias de treinamentos excessivos, os jogadores vão se conhecendo e se entrosando. No meio da temporada, apenas reforços pontuais. Mais nada.



Hoje poderíamos ter um time com Henrique na zaga, Barcos e Kardec no ataque, e Vilson apoiando. Junta-se Valdívia e Lúcio. Pronto, uma espinha-dorsal entrosada e forte, sem grandes gastos.



Não existe explicação para um repasse de R$ 100 milhões e um time desse porte. Mas tive acesso à algumas informações, e o Palmeiras não tinha recurso nem para arcar com suas despesas básicas, como água, luz e telefone. Mas eis que surge a seguinte pergunta: se estamos com grandes dificuldades financeiras, por qual motivo trazer um diretor de marketing incompetente, que não trouxe um patrocínio máster (seu principal e ÚNICO objetivo) e pagar cerca de R$ 60 mil mensais? É um pouco contraditório, não é mesmo?



Eu gostaria sinceramente de saber como nosso presidente vai se portar na festa do centenário, na zona sul de São Paulo. Na lanterna, em último e no fundo do poço, existem motivos para comemorar?



Por Thiago Gomes