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“Vocês (jornalistas) foram bonzinhos demais com o Sampaoli... Ele fez um trabalho muito bom, botou o time na Libertadores. Mas ele não ganhou no Brasil. Ele perdeu no Brasil. Quem ganhou foi o Jesus. O Jesus ganhou, em pouco tempo, dois campeonatos. O Sampaoli não ganhou. Respeitando a qualidade profissional dele”, disse, em entrevista à “TV Globo”.



"Ah, mas ele jogava bonito... Espera aí! Quantos times você viu jogarem bonito no Brasil?”, continuou ainda sobre o ex-técnico do Santos, que foi a prioridade no Palmeiras para 2020.



Em relação ao futebol atual, Luxemburgo voltou a dizer que vê poucas novidades. “O que tem de tática diferente aqui? Eu estou procurando tudo que veio diferente de tática e não consigo ver nada. Agora, houve mudança: a intensidade do jogo mudou”, sentenciou.



“Mudaram os nomes das coisas que eram antigamente. Era marcação pressão, agora é marcação na linha alta, na linha média, na linha baixa. É transição defensiva, transição ofensiva. É proativo, é reativo. Isso sempre existiu. É isso que tem que falar? Então, também vou falar... Está tudo bem! Vamos falar isso aí. Mas não é novidade.”



“Tudo que está sendo feito hoje eu fazia lá atrás, com os aparelhos que tinham naquela época. É diferente. Então, tinha analista de desempenho, mas no dedo (risos)... Eu gravava o vídeo, para poder passar o vídeo para os jogadores, com duas câmeras paradas e depois editava e juntava tudo. Era o que tinha na época e era inovador."



Luxemburgo também valorizou suas qualidades. “Eu consigo mudar o time sem trocar jogador. E não é falsa modéstia, não. Eu troco o jogador de posição sem tirar jogador e mudo a maneira de o time jogar. Isso é uma capacidade que Deus me deu e profissionalmente eu faço.”



O momento mais memorável daquele clássico, porém, aconteceu nos vestiários, segundo relato do jornal Folha de S. Paulo à época. Após se recusar a cumprimentar Luxemburgo, Telê Santana reclamou da violência do Palmeiras em campo, e deixou no ar que havia um "esquema" por trás da permissividade da arbitragem.



"Eles ganharam porque o esquema Parmalat funcionou novamente", disparou o comandante são-paulino, citando a empresa italiana que era co-gestora do futebol palestrino.



"O Luxemburgo não é nada no futebol. E ainda fala demais", completou Telê, que tinha no currículo o bi da Libertadores e Mundial pelo clube do Morumbi.





Ao saber das acusações do colega de profissão, Luxemburgo rebateu.



"Ele advoga em causa própria. Por isso, não posso admitir ser chamado de mentiroso, nem dizer que não sou ninguém", bradou.



Nos anos seguintes, em meio a uma relação de amor, ódio e admiração, Luxemburgo e Telê travariam grandes duelos no Choque-Rei, que ficaram na memória dos torcedores.



Alguns dos mais memoráveis foram as vitórias do Tricolor sobre o Verdão na Libertadores de 1994, e o triunfo palmeirense sobre o rival no dia da morte de Ayrton Senna. Telê ficou no São Paulo até 1996, quando sofreu uma isquemia cerebral e teve que abandonar a carreira de treinar. Luxemburgo, por sua vez, segue na ativa, e encara o velho rival mais uma vez neste domingo.







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