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É bem verdade que o São Paulo controlou melhor as ações no meio-campo jogando no 4-1-4-1 usual de Fernando Diniz e compactando bem seus setores à frente da área de Tiago Volpi. Do outro lado, o Palmeiras encontrava certa dificuldade para atacar, já que, além dos espaços entre as linhas do time de Vanderlei Luxemburgo (que mandou sua equipe armada no 4-2-3-1), Dudu e Gabriel Verón estavam mais presos nos lados do campo e pouco encostavam em Luiz Adriano. A situação só melhorou depois da parada técnica, quando o treinador alviverde deu mais dinâmica ao ataque da sua equipe. O Palmeiras melhorou com mais movimentação do trio de meias atrás de Luiz Adriano e também mais participação por dentro com as chegadas de Gabriel Menino e Ramires. Duas chances claras de gol e superioridade clara para o lado alviverde nos vinte minutos finais da primeira etapa, mas sem conseguir vencer Tiago Volpi. O São Paulo, apesar de ter mais a bola, sofria com a falta de intensidade.
Luxemburgo mandou o Palmeiras a campo armado no 4-2-3-1, mas sua equipe só conseguiu criar chances quando Dudu, Gabriel Verón e Lucas Lima começaram a se movimentar mais atrás de Luiz Adriano. Já o São Paulo teve um início melhor de partida criando superioridade numérica no meio-campo, mas sem a intensidade que o 4-1-4-1 de Fernando Diniz exige.
Na volta do intervalo, Fernando Diniz sacou Helinho e mandou Liziero para o jogo. Daniel Alves passou a jogar mais solto (partindo da direita) e desperdiçou a melhor chance do jogo ao receber passe longo de Tiago Volpi e chutar em cima de Weverton. No rebote, Pablo acertou Felipe Melo. Luxemburgo respondeu com Willian Bigode e Zé Rafael nos lugares de Gabriel Verón e Ramires, respectivamente. Poucos minutos depois, Luiz Adriano acertou o travessão após cruzamento preciso de Marcos Rocha. Diniz aumentou o poder de fogo do São Paulo com as entradas de Éverton e Alexandre Pato e o retorno de Daniel Alves para o meio-campo e Vítor Bueno circulando mais por dentro. No entanto, a impressão que ficou do Tricolor Paulista foi a de que o time ainda carece da intensidade necessária para fazer a estratégia de Fernando Diniz dar certo. Ao mesmo tempo, o Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo também sentiu o início de temporada e o forte calor em Araraquara.
Fernando Diniz mexeu na sua equipe após o intervalo, mas viu o São Paulo sem a intensidade necessária para fazer a bola chegar no ataque mesmo com Éverton Cardoso e Pato no ataque. Do outro lado, o Palmeiras de Luxemburgo seguia desperdiçando chances, sentindo o forte calor e a falta de ritmo típica de um início de temporada.
O primeiro Choque Rei de 2020 foi um jogo movimentado, com boas ideias de seus treinadores, mas com os sintomas de quem está apenas no segundo jogo oficial da temporada. E essa falta de ritmo também se fez presente na Fonte Luminosa. Ao final da partida, no entanto, parece que o Palmeiras está mais arrumado e com uma ideia mais clara do que quer em campo do que o São Paulo. Lucas Lima, Ramires e Gabriel Verón estiveram bem. Assim como Felipe Melo jogando como zagueiro. Por outro lado, o time precisa depender menos de Dudu. Já o Tricolor Paulista segue com os mesmos problemas de 2019. O time carece de intensidade, de mais vontade e de mais disposição de seus jogadores. Daniel Alves era o único com um pouco de lucidez no meio-campo tricolor apesar dos bons nomes em campo. Liziero merece mais chances pela inteligência tática pelo menos até que Hernanes recupere a forma física e seu bom futebol. E isso sem falar em Alexandre Pato, totalmente apático mais uma vez.
Diante do que se viu em campo, a única coisa que ficou faltando no clássico entre Palmeiras e São Paulo foram os gols. Ou pelo menos um deles. Mesmo assim e apesar de todos os problemas, as duas equipes iniciam a temporada de 2020 com boas ideias e a esperança de que as coisas podem ser melhores em pouco tempo. Pelo menos é o que as duas torcidas aguardam ansiosamente.
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