100 anos de Verdão: Crônica especial e a visão da Academia por Ademir

26/8/2014 08:13

100 anos de Verdão: Crônica especial e a visão da Academia por Ademir

Sob o comando de Ademir da Guia e a liderança de Dudu, o Palmeiras tornou-se o primeiro bi do Brasileirão. 'Relembrar é fantástico', diz o Divino

100 anos de Verdão: Crônica especial e a visão da Academia por Ademir

A segunda Academia de Futebol: jogo Palmeiras 4x1 Bahia, em 1972 (Foto: Gazeta Press)



'Visão da época', por Luís André Rosa



Um dos times mais vencedores dos anos 1960, a ponto de ser imortalizado como a Academia de Futebol, o Palmeiras foi se reiventando ao final da década e dessa forma conseguiu se manter com a insaciável busca por títulos na década seguinte. Foi assim que, nos primeiros anos do então criado Campeonato Brasileiro, o conjunto do Palestra Itália tornou-se o primeiro bicampeão ao faturar os títulos de 1972 e 1973.



Mesmo com a saída ou adeus dos gramados de alguns craques, símbolos da primeira geração de ouro, a equipe seguiu muito forte com a ascensão de jogadores que viriam a figurar entre os melhores da história do clube, casos do goleiro Emerson Leão, do zagueiro Luís Pereira, que viraram pilares de uma defesa que fez com propriedade o trecho do hino "defesa que ninguém passa".



Impunha respeito o meio-campo, o ponto de equilíbrio com a liderança do volante Dudu e a classe e categoria do Divino Ademir da Guia. Remanescentes da primeira Academia de Futebol, a dupla, entrosadíssima, foi fundamental para manter o apetite alviverde em busca dos títulos.



No ataque voraz, destaca-ve uma escalação superofensiva, impensável nos dias de hoje, formada por Leivinha, Edu, César, que virou “Maluco” por seu jeitão extrovertido, dentro e fora de campo, e o lépido Nei.



Multicampeão, o técnico Oswaldo Brandão, que voltara ao comando no final de 1971, azeitou a máquina e construiu uma equipe que qualquer torcedor sabia de cor e até hoje é uma das mais lembradas. Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Leivinha, Edu, César e Nei. Em 1972, o Verdão levou o Paulista, invicto, o Brasileiro e mais três títulos.



E como time que se ganha não se mexe, a reposição de peças não foi necessária. Oswaldo Brandão manteve um elenco muito bem entrosado. O Verdão pôde contar com todos os jogadores titulares.



Estava formarda a Segunda Academia de Futebol como um grande esquadrão. Dessa forma, o Palmeiras mais uma vez mandou nos gramados, não deu chances para a concorrência e faturou o Brasileiro de 1973.



'Relembrar tais momentos é algo fantástico', por Ademir da Guia

"Sempre digo que sou uma pessoa privilegiada por fazer parte de um clube maravilhoso, de ter tido companheiros excelentes, de jogar em times inesquecíveis e ter conquistado muitos títulos que ajudaram a escrever uma linda história no Palmeiras. Relembrar alguns deles, neste ano em que vamos comemorar o centenário é fantástico.



No Palmeiras, sempre foi uma ambição os títulos e era preciso ficar muito atento, pois enfrentávamos adversários muito bons. Do outro lado, tinha Santos, Botafogo, Internacional, Corinthians, São Paulo, entre outros, com jogadores de Seleção Brasileira, então não dava para dar bobeira.



Só que o nosso elenco era muito forte. Depois da primeira Academia de Futebol, nós passamos por uma reformulação, e chegou um pessoal jovem que nos ajudou bastante. Tínhamos também um treinador muito competente, o seu Oswaldo (Brandão), que sabia tirar de cada um dos jogadores o máximo de rendimento.



Eu e meu amigo Dudu éramos os mais experientes do elenco e esse entrosamento também nos ajudou bastante. Nós dois participamos de todas as conquistas e aprendemos como encarar as dificuldades. Foi assim que seguimos vencendo os campeonatos.



O ano de 1972 não foi especial apenas pelo título do Brasileiro. Foi um ano em que conquistamos todos os cinco títulos que disputamos. E não foi nada fácil, principalmente o Brasileiro, que vencemos o Botafogo (empate em 0 a 0).



O Palmeiras virou um time que todo mundo queria vencer. E isso virou uma uma motivação. Como o Palmeiras manteve praticamente o mesmo grupo, sabíamos que não podíamos nos acomodar.



O prêmio foi conquistar o segundo Brasileiro no ano seguinte, mas não foi nada fácil.As finais foram jogos muito complicados. Mas foi especial poder conquistar contra o São Paulo (empate 0 a 0) no Morumbi e foi mais uma grande festa para a nossa torcida."





Nas bancas, para guardar: ficha dos heróis e um pôster histórico com a foto do time posado acima)











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