A referência de Dorival Júnior para tirar o Palmeiras da “confusão”, maneira como o técnico Vanderlei Luxemburgo se refere à luta contra a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, é clara. Em sua apresentação como sucessor do argentino Ricardo Gareca, nesta quarta-feira, o novo treinador palmeirense citou pelo menos três vezes a reação que o Flamengo obteve após uma troca de comando na equipe.
“O papel principal em um momento como esse é detectar o que não está dando certo e transmitir ao atleta de maneira rápida e eficiente. O Flamengo fez isso. É natural que a gente se espelhe em quem deu certo”, comentou Dorival, que assume o Palmeiras na 16ª posição do Brasileiro, com 17 pontos, à beira da zona de rebaixamento. Quando Luxemburgo substituiu Ney Franco, a situação do Flamengo era pior. Hoje, o time carioca aparece no nono lugar, totalizando 25 pontos, porém o seu treinador ainda sente o clube ameaçado.
“No Campeonato Brasileiro, a gente não pode se sentir confortável nunca. Se acontecer isso, você fatalmente começará a cair”, concordou Dorival. “Volto a citar o Flamengo. Até outro dia, eles estavam brigando contra o rebaixamento. Agora, passaram a vislumbrar uma nova possibilidade. O Vanderlei implantou o que pensa, e os resultados foram alcançados. É o que queremos fazer aqui, mesmo que o número de jogos já seja menor”, acrescentou.
Dorival Júnior lembrou, no entanto, que o Palmeiras lida com um problema a mais na tentativa de reagir. Centenário, o clube paulista teria ficado traumatizado por causa das duas segundas divisões que disputou. “É natural que isso aconteça. O atleta se entrega, e o resultado não acontece. Isso acaba gerando um pânico, ainda que moderado, suficiente para desestabilizar toda uma instituição. Já convivi com isso e senti o quanto dói”, disse o treinador, que comandou Vasco e Fluminense em 2013. Os dois times acabaram entre os quatro últimos colocados do Campeonato Brasileiro daquele ano.
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