O desempenho de Ricardo Gareca à frente do Palmeiras deixou bastante a desejar. Foram quatro vitórias, um empate e oito derrotas, números que culminaram em sua demissão no início desta semana.
Mas houve quem defendesse sua permanência mesmo com a crise instalada na Academia de Futebol. Questionado sobre a saída de seu antecessor, o interino Alberto Valentim preferiu contemporizar.
“São coisas do futebol. Tempo até tivemos com o Ricardo, com um período em Atibaia para ele conhecer melhor”, lembra Valentim, referindo-se à intertemporada realizada no interior paulista. “Procurei acelerar esse processo para ele conhecer ao máximo o futebol brasileiro. Falo isso sobre times adversários, sobre a cultura nossa e as características individuais.
Mas infelizmente o trabalho não deu certo.”
Questionado sobre o processo de demissão quase automática dos técnicos do futebol brasileiro, o interino defendeu a decisão do clube. “A ideia da diretoria era continuar com o Ricardo, mas infelizmente os resultados não vieram.
Não foram com duas ou três derrotas que o Ricardo saiu, teve um período que tentamos recuperar e infelizmente não aconteceu”, lamenta.
A demissão de Gareca deixa órfãos os estrangeiros contratados nas últimas semanas. Cogita-se a divisão do grupo e um mal estar criado no elenco palmeirense pelos recém-chegados. Mas Valentim nega que haja clima ruim e assegura que Tobio, Allione, Mouche e Cristaldo serão utilizados normalmente pelo técnico Dorival Júnior.
“Os jogadores são do Palmeiras, foram contratados a pedido do Ricardo e com o nosso aval. Queríamos as contratações desses jogadores também, são jogadores do Palmeiras agora.
Não tem problema nenhum eles estão se ambientando cada dia melhor e foram muito bem aceitos pelo grupo”, garante o técnico interino, que deve passar o cargo a Dorival até o fim da semana.
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