Dorival promete tentar recuperar Leandro (Foto: Eduardo Viana/ LANCE!Press)
Leandro marcou seu último gol em jogos oficiais no dia 20 de abril, na vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma, há quase cinco meses. Desde então, balançou a rede apenas uma vez, no amistoso contra a Fiorentina (ITA), e as críticas ao jogador, xodó da torcida em 2013, começaram a crescer, apesar de todas as comissões técnicas o apoiarem.
Gilson Kleina, Ricardo Gareca, Dorival Júnior... Os comandantes que passaram pelo clube neste ano deram votos de confiança a ele. Os torcedores, por outro lado, já não têm paciência com o camisa 38: contra o Criciúma, na última quarta, foram ofensas e gritos de “fora!”. Coube ao técnico pedir para os palmeirenses terem mais calma.
- Ele sentiu o desgaste. Não podemos abrir mão e deixar um atleta com o potencial dele jogado ao léu. Confio que esse garoto vá render muito mais. Só peço um pouco de paciência ao torcedor - disse Dorival.
O atacante, por sua vez, diz aceitar as críticas, mas não parece concordar com elas, já que considera não estar jogando “tão mal assim”.
- Sei que em uma partida ou outra posso não ter jogado do jeito que a torcida espera, mas desde a época do Gareca creio que não tenho jogado tão mal assim. Senão, sem dúvidas o Gareca não teria me colocado tanto como titular - respondeu Leandro.
Apesar da justificativa e do apoio de Dorival, cresce agora o risco de que o ex-gremista, contratado por R$ 8 milhões no começo do ano, fique no banco de reservas. São até quatro jogadores brigando pela sua vaga.
No atual esquema, Leandro fica aberto na direita e Diogo centralizado, na função de meia. Quando Valdivia voltar, em cerca de dez dias, o camisa 10 deve reassumir a função, e Diogo, que vem bem, pode voltar a atuar pelo lado do campo. Allione, recuperando-se de lesão muscular, era o dono da posição que hoje está com Leandro. Além deles, começa a ganhar força o argentino Cristaldo.
O hermano fez o gol da vitória sobre o Tigre catarinense, e ameaça a vaga de Leandro já para o confronto deste sábado, contra o Fluminense. Até Mouche terá sua chance, segundo o comandante palmeirense.
Quando teve sua comemorada permanência definida, o agora contestado atacante assinou por quatro anos. À época, era visto até como um candidato a ídolo pelo departamento de marketing, apoiado pela artilharia do jovem de 21 anos em 2013.
O cenário, agora, é outro. São 14 jogos de jejum no Brasileiro, e na última partida o técnico já relacionou todos os atacantes do grupo. A vaga nunca esteve tão ameaçada no time.
LEANDRO E OS TÉCNICOS DO ANO
Gilson Kleina
Depois de um bom 2013 sob o comando do técnico, era muito usado por Kleina, perdendo jogos apenas por lesão, ou suspensão. No período, fez 16 partidas, e marcou poucos gols: apenas dois – o primeiro em sua estreia no ano, contra o Atlético Sorocaba, pelo Paulistão, no dia 26 de janeiro, e outro diante do Vilhena, dia 12 de março, pela Copa do Brasil. Era parte do então considerado quarteto ideal, com Valdivia, Bruno César e Alan Kardec.
Ricardo Gareca
Leandro foi titular nos primeiros treinos do argentino, mas depois amargou a reserva em Atibaia (SP). Foi retomando seu espaço aos poucos, até a estreia de El Flaco no Verdão, contra o Santos, na qual foi titular. Atuou em 12 dos 13 jogos de Gareca no Verdão. No período, balançou a rede apenas uma vez, na vitória sobre a Fiorentina (ITA), no amistoso do dia 30 de julho. Apesar das constantes críticas, o treinador dizia confiar no camisa 38.
Dorival Júnior
Também foi titular nos dois jogos do novo treinador. Contra o Atlético-PR, começou aberto pelo lado direito, mas precisou se sacrificar com a expulsão de Josimar, e passou a jogar como lateral. Saiu por cansaço. Na quarta, diante do Criciúma, perdeu uma boa chance, e começou a ser muito xingado pela torcida. Deixou a partida no intervalo, segundo Dorival Júnior por conta do cansaço, depois do esforço feito no jogo em Curitiba (PR).
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