Como vice de futebol, Frizzo apresentou Fernando Prass em 2013 (Foto: Tom Dib)
Roberto Frizzo, vice de futebol na gestão de Arnaldo Tirone, desistiu de se candidatar à presidência do Palmeiras. Segundo ele, não é o momento de "fatiar" o clube com várias chapas.
Paulo Nobre, atual mandatário, deverá buscar a reeleição em novembro contra Wlademir Pescarmona e Luiz Carlos Granieiri.
- Eu acho que o clube está precisando de união, optei por não fatiar ainda mais - explicou Frizzo, ao LANCE!Net, antes de dizer que está inclinado a apoiar Nobre e explicar seus motivos:
- Por enquanto, ele me parece o mais próximo do ideal. Mas vamos ver. O Paulo não teve uma grande gestão em alguns aspectos, mas deve ter aprendido com os erros. Ele não é bobo, acho que muita coisa ele não faria novamente.
É difícil perder uma eleição com a máquina na mão, mas será uma eleição inédita. Com o voto dos sócios, ele fica dependendo um pouco mais do futebol. Se não tiver resultados muito desastrosos até lá, facilitaria.
Frizzo usou sua própria experiência como exemplo: segundo ele, quando o dirigente começa a "pegar o jeito" do cargo, é obrigado a passá-lo a outras mãos.
- Você fica anos no cargo e erra muito no começo. Quando você está bom no cargo entra outra gestão. Fui diretor administrativo do Nelson Duque (presidente entre 1985 e 1988) e, quando estava tinindo, o Carlos Facchina ganhou a eleição. Eu sequer pude passar o que conhecia, já me pediram a chave.
Achei um absurdo, porque todos os contratos passavam pelo administrativo - completou o ex-dirigente, que tentou se eleger em 2009 e perdeu para Luiz Gonzaga Belluzzo.
Neste ano, a candidatura primeiro precisa ser aprovada por, pelo menos, 15% dos membros do Conselho Deliberativo, que hoje conta com cerca de 280 pessoas.
Assim, para que a chapa passe pelo CD, precisa de cerca de 40 votos. Além da novidade de liberar o voto para sócios, pela primeira vez será feita a escolha de chapa fechada, com presidente e quatro vices no mesmo grupo.
Até 2013, era possível escolher presidente de uma chapa, e vices de outras. A projeção dentro do clube é que até oito mil sócios participem da votação.
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