Pesquisa testa vices para o lugar de Nobre na candidatura à presidência
Desde a semana passada, sócios do Palmeiras têm recebido ligações para uma pesquisa sobre o clube. As questões, no entanto, chamam a atenção. Às vésperas da corrida eleitoral, que terá pela primeira vez o voto dos associados, o estudo quer saber em quem a pessoa que atende ao telefone vai votar, entre outras perguntas, como interesse por cadeiras no novo estádio, por exemplo.
E mais: coloca a possibilidade de dois vices da cúpula, Mauricio Galiotte e Genaro Marino, saírem na briga no lugar de Paulo Nobre para disputarem com dois nomes, o de Wladimir Pescarmona, que já oficializou que estará na concorrência ao cargo de presidente, e Roberto Frizzo, ex-vice-presidente do alviverde, que não deve sair como candidato.
Aos sócios, no entanto, fica faltando a resposta de quem, afinal, está realizando o questionário. De um lado, Pescarmona acusa a atual diretoria de ser a autora do que está sendo chamado de pesquisa eleitoral, enquanto Paulo Nobre nega qualquer participação.
"A primeira coisa que posso te dizer é que não fui eu. Fiz duas pesquisas desde o ano passado: a primeira foi no começo do comando do Paulo Nobre e a segunda foi no começo desse ano. Eu tive ainda que dar meu nome para fazer. Não faria isso agora. Não tenho a menor dúvida de que foram eles. Foi a diretoria que fez", afirmou o candidato da oposição.
Os sócios mais curiosos, que perguntaram nas ligações o nome de quem estava realizando o estudo, tiveram como resposta o nome de um centro de pesquisa contratado pela "Sociedade Esportiva Palmeiras". A atual gestão, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que não realizou nenhuma pesquisa e que desconhece o assunto.
"A pergunta que eles fazem, no entanto, é estranha. Eles colocam outros nomes para ir no lugar de Paulo Nobre, mas o que adianta mudar o nome? Todo mundo sabe que eles fazem parte da mesma gestão. Não adianta mudar um nome, o que tem de mudar é a gestão inteira", completou Pescarmona.
O edital de convocação do Conselho Deliberativo deve ser publicado no próximo dia 28, com cinco dias para o registro das chapas, que passarão pela votação do filtro de conselheiros, no dia 13 de outubro. A convocação para assembleia de sócios deve ocorrer 30 dias depois disso. Em novembro, então, os sócios vão às urnas pela primeira vez para elegerem o presidente do Palmeiras, pelos próximos dois anos.
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