"Fiz cagada", se desculpa Valdivia após expulsão. Dorival cogita punir o chileno

18/9/2014 08:24

"Fiz cagada", se desculpa Valdivia após expulsão. Dorival cogita punir o chileno

Meio-campista entrou no segundo tempo do empate do Palmeiras contra o Flamengo, fez a jogada do segundo gol, mas depois pisou no volante Amaral e recebeu o vermelho

Valdivia recebe o cartão vermelho no empate do Palmeiras contra o Flamengo.Getty Images



"Fiz cagada. Desculpa a palavra, mas fui mal." Foi assim que Valdivia definiu o pisão que deu nas costas de Amaral, do Flamengo, que o fez ser expulso aos 37 minutos do segundo tempo, deixando o Palmeiras com um a menos e levando até chute na trave. Após se machucar há um mês depois de 15 minutos em campo, o chileno voltou a ser decisivo positivamente, mas também negativamente em 37 minutos de atuação.



Palmeiras reage, empata com o Flamengo, mas entra na zona de degola



"Nós nos enroscamos e depois, quando ele estava no chão, tive uma reação absurda, idiota e deixei a planta do pé nas costas dele. Não chegou a ser um pisão, mas deixei o pé nas costas dele", disse o chileno, garantindo que não estava nervoso.



O jogador mais caro do elenco não entende a razão de ter prejudicado o time. "Não perdi a cabeça. Nem eu sei o que fiz, tanto que o pisão foi muito leve. Mas é claro que eu não tinha que ter feito aquilo. Tem que punir, o juiz está certo", falou.



Aparentando tranquilidade, e mostrando raciocinar cada palavra, o camisa 10 pediu desculpas. "É lógico que peço desculpas, senão nem daria entrevista, sairia correndo. Deixo o estádio triste por não ter ganhado o jogo. E também por ter cometido um erro infantil, que eu não podia ter cometido, pela experiência que tenho e pelo momento que vivemos."



Decisivo na busca pelo empate depois de o time ir para o intervalo perdendo por 2 a 0, Valdivia deu bela inversão para Victor Luis no segundo gol do Palmeias do empate por 2 a 2. Mas evitou dimensionar o prejuízo do cartão vermelho que recebeu em meio à pressão do time sobre o Flamengo no Pacaembu.



"Futebol é tão dinâmico que você não sabe o que vai acontecer. É capaz que o jogo tivesse acabado 2 a 2, ou vitória nossa, ou mesmo uma vitória do Flamengo. Mas é logico que, quando você fica com um a menos, prejudica 100% todo o funcionamento da equipe", limitou-se a analisar.



Além de correr risco de punição interna no Palmeiras, o meia será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), órgão que considera estar mais disposto a exagerar na aplicação de penalidades a ele.



"Só peço para não exagerar muito. Todos sabem que, quando sou eu que estou envolvido, tudo parece mais complicado e difícil", afirmou o jogador mais caro do elenco que, no ano passado, chegou a ser punido por ter admitido que forçou o terceiro cartão amarelo para cumprir suspensão em jogo no qual já seria desfalque por estar com a seleção chilena.



"Espero que a punição seja normal e não seja como já aconteceu outras vezes comigo. Toda vez que me vejo em uma polêmica de terceiro amarelo ou vermelho, é tudo mais do que o normal", queixou-se o camisa 10, se sentindo sempre vítima de polêmicas.



Brunoro culpa arbitragem "ridícula", mas Dorival cogita punir Valdivia



Por deixar o pé intencionalmente nas costas de Amaral, Valdivia foi expulso e o Palmeiras, com um a menos, levou até bola na trave, sofrendo para segurar o empate por 2 a 2 com o Flamengo. O próprio chileno assumiu seu erro, pediu desculpas e Dorival Júnior cogita puni-lo. Mas o diretor executivo José Carlos Brunoro preferiu inocentar seu jogador mais caro para culpar só a arbitragem comandada pelo gaúcho Anderson Daronco.



"Quem merece uma multa e uma advertência é o árbitro", disse Brunoro, rebatendo qualquer acusação contra Valdivia, dizendo que o meia "só teve parcela de responsabilidade na melhora do Palmeiras". "Precisa ver o que o adversário fez com ele. Ele é um jogador o tempo todo visado, procurado, revezavam pancada e não davam cartão. Às vezes, perde a cabeça mesmo", afirmou.



"Todos vão falar que sua expulsão prejudicou o Palmeiras. Mas, até o momento de ele entrar, o Palmeiras estava em desvantagem. Prefiro ver as coisas boas, as coisas ruins são por conta da arbitragem", prosseguiu o dirigente, em discurso completamente diferente do próprio Valdivia.



"Eu não estava nervoso, não. Particularmente, não tive nenhum problema com o juiz. Foi um lance isolado, em que fui mal. Mas nós, jogadores, estamos aí para jogar, tentar fazer o melhor possível. Deixamos para a nossa diretoria falar da arbitragem, dos lances. Só que, quando tem erros, sempre tem a favor e contra. Isso aí é normal", minimizou o chileno.



Dorival também discorda do diretor. "Não foi culpa do árbitro. O Valdivia vinha sofrendo uma sequência de faltas e isso desequilibra, mas temos que assumir que o erro foi nosso. E foi um erro considerável, até porque poderia ter proporcionado um prejuízo grande depois de ele ter ajudado. Espero que não volte a acontecer", falou o técnico, cogitando punição.



"É uma típica situação que resolveremos internamente. Isso vai ser conversado lá dentro e garanto que será resolvido. O erro aconteceu, temos que reconhecer que foi ruim para equipe e para ele. Senti que o Valdivia se arrependeu, ele sabe que errou, e o próprio grupo cobra uma posição nesse sentido. Isso é um fato nosso que precisa ser solucionado entre nós", alegou.



Mas Brunoro não consegue esquecer Daronco e seus assistentes. O diretor está irritado com arbitragens que considera rigorosas demais com o Palmeiras jogando em casa, embora recuse ajuda. Nesta quarta-feira, não se conformou com o toque da bola na mão de Eduardo Silva, admitida pelo próprio jogador, no segundo gol do Flamengo. E também com pênalti que enxergou em choque de Henrique com João Paulo, ainda no primeiro tempo.



"Até o jogador do Flamengo disse que pegou na mão, e foi na cara do juiz de linha. E o pênalti no Henrique foi na linha do bandeirinha e do juiz, foi muito claro", irritou-se. "O Palmeiras nunca reclama publicamente da arbitragem, sempre tem postura ética, mas hoje escancarou. Foi uma arbitragem ridícula, escandalosa, com papel preponderante no resultado. Não há jogador que se mantenha tranquilo com uma arbitragem dessas", continuou Brunoro, aparentemente sozinho em sua opção de só culpar o juiz.



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