Ideias para que o Palmeiras continue sendo modelo de clube

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Menos de 10 anos atrás o Palmeiras era rebaixado para a Série B e tinha que jogar de forma itinerante porque seu estádio estava sendo derrubado e reconstruído com um modelo de negócio que nunca tinha sido feito no Brasil. Como o tempo passa...


Mesmo que gostemos de reclamar de vez em quando que o time não está jogando bonito ou que podia ser melhor, o Verdão vive uma de suas melhores fases na história, tendo colocado em sua sala de troféus dois Brasileiros, uma Copa do Brasil e uma Libertadores nos últimos cinco anos.








Há várias razões para essa virada de mesa e alguns protagonistas. A construção do Allianz Parque foi uma tacada de mestre, ainda mais tendo em vista os problemas que o Corinthians tem com sua arena. A união com a Crefisa idem, mesmo com a dívida criada, até porque ela está sendo paga de forma adiantada.


Porém não dá para ficar se gabando desses acertos e baixar a guarda porque o futebol é cíclico e decisões que pareciam geniais podem ter efeitos até determinado momento ou a maré virar. Por isso é interessante olhar para o futuro e pensar em opções para o Palmeiras continuar sendo um modelo de clube, com bons resultados em campo, balanços positivos e torcida feliz.





Menos Borjas, mais base





A dívida com a Crefisa é resultado de anos de fartas contratações, com transferências caras e altos salários. Algumas delas foram um divisor de águas, como Dudu. Mas várias, como Borja, Lucas Lima (veio em fim de contrato, mas seu salário é uma assombração), Erik, Carlos Eduardo e outros.





Claro que contratações podem dar errado e à época não tinha tanta gente para discordar de cada nome que foi trazido, mas com o ano de 2020 e a ascensão da base, ficou claro que o modelo de usar jovens que tem sucesso nos times inferiores sempre será melhor: o custo é menor, o potencial de revenda é enorme e o retorno técnico, mesmo que varie e oscile, é de qualidade.





Um problema histórico de clubes brasileiros quando estão na fase boa é se descuidar das finanças e pagar caro por jogadores que não dão retorno em contratos intermináveis. O Palmeiras ainda é saudável financeiramente e bem-sucedido em campo, então que continue assim.





Olho nos e-Sports





Sim, parece bizarro, mas olha só: os e-Sports tem um potencial enorme e já entrega resultados. Segundo matéria da Betway a cada um praticante de futebol, há dois gamers. O retorno anual criado pelos esportes eletrônicos será de 1,5 bilhão.


Clubes brasileiros estão atentos a esse potencial e conseguem bons resultados, com nossos rivais Santos e Corinthians conseguindo títulos. O Flamengo, principal rival do Palmeiras dentro de campo, também tem suas equipes.





Enquanto isso o Verdão ainda não se movimentou tanto na área, tendo sondado a Simplicity, que gere o time de eSports do Flamengo, para uma parceria. Enquanto isso eventos como o CBLoL são realizados no Allianz Parque, embaixo de nossos narizes.





O gerente de e-Sports do Ceará, Tiago Lopes, declarou em entrevista à Betway que a união do clube e seus torcedores com a equipe de e-Sports possibilita um ganho de torcida e apoio imediato. Ou seja, o mesmo poderia ocorrer com o Palmeiras. É um ganho de renda, a possibilidade de surfar em algo que cresce tremendamente, a conquista de torcedores mais jovens – não se engane, muitos garotos vão gostar tanto de e-Sports quanto de futebol ou mais – e ainda visibilidade internacional. Não à toa clubes como o Barcelona, PSG e Manchester City têm equipes. Se estamos falando de futuro, os e-Sports são algo a ser buscado.





Fim da guerra política





Comparado com os anos 2000, o Palmeiras vive uma paz incrível, mas só usando esse parâmetro bastante injusto. O Verdão ainda é um terreno complicado politicamente e isso é um perigo, ainda mais com Leila Pereira nunca escondendo o fato que quer ser Presidente.


É difícil imaginar que por causa de algum problema a Crefisa deixe de ser uma parceira que desembolsa um patrocínio gigantesco. Mas ter como Presidente a patrocinadora é algo que gera algum nervosismo. Um clima apaziguado dentro do clube é uma necessidade e se a guerra começar, isso pode derrubar qualquer boa fase. Só ver o que aconteceu no São Paulo.