Mais 'driblador' do campeonato, o Palmeiras também perde mais a bola e erra mais passes (GAZETA PRESS)
A situação preocupante na qual o Palmeiras se encontra, ocupando a 18ª posição do Brasileiro com 22 pontos, tem provocado ansiedade e precipitação nos jogadores. Mesmo sendo a equipe que mais fica com a bola no campeonato, o alviverde apresenta dificuldades de criação e mostra um jogo extremamente individualista.
Os comandados de Dorival Júnior têm a maior posse da primeira divisão, com 369 minutos de bola no pé. Os palestrinos conseguem até superar São Paulo e Cruzeiro, 2º e 3º colocados no quesito. No entanto, a qualidade inferior da posse palmeirense fica explícita na maior média de passes errados da Série A: 42,5 por jogo. Além disso, o alviverde é apenas o 7º no número de passes trocados, o que evidencia um jogo não tão em equipe.
Talvez na ânsia por resolver logo a crise no Parque Antártica, os jogadores alviverdes apelam para o drible, mas sem sucesso, como mostram os resultados. O Palmeiras é disparado o time que mais tenta a finta. Com um total de 501 dribles até aqui, a média de 22,8 por jogos supera, e muito, o segundo colocado Bahia, que faz 15 jogadas individuais por partida.
Provando que a insistência neste recurso mostra desespero, dentre os cinco mais dribladores no Brasileiro, quatro ocupam as últimas posições na tabela de classificação: Palmeiras, Bahia, Vitória e Botafogo. Allione, Wesley, Diogo e o já negociado Marquinhos Gabriel estão entre o 10 atletas que mais tentam resolver sozinhos.
Com isso, os problemas na criação surgem a partir da precipitação, que deixa o time com o maior número de perdas de bola do Nacional, cedendo a posse para o adversário 59,7 vezes por jogo. Chega a ser paradoxal a equipe se desfazer da bola tantas vezes e mesmo assim ser a que mais fica com ela.
Não foi a toa que a entrada de Valdívia no segundo tempo contra o Flamengo melhorou a equipe. Com um jogador mais ‘pensante', que tocava a bola com tranquilidade, o Palmeiras conseguiu usar melhor a sua posse e chegou ao empate. Isso, claro, até o meia ser expulso.
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