Presidente do Palmeiras no biênio 2009/1010, Luiz Gonzaga Belluzzo comentou sobre a derrota vexatória para o Goiás neste domingo - a maior goleada sofrida pelo clube na história do Campeonato Brasileiro. O ex-mandatário comparou a derrota alviverde no Serra Dourada à eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, e revelou estar sentindo uma das maiores vergonhas de sua vida.
"Eu tive o mesmo sentimento que o brasileiro teve quando perdeu para a Alemanha. O Goiás não é a Alemanha, está muito longe disso. O que me deixa preocupado é o que o elenco deixa a desejar, foi uma desestruturação no ultimo ano. Não entendi qual era o propósito da direção do clube ao fazer isso, os jogadores não tem qualidade técnica apara jogar em um clube como o Palmeiras", disse Belluzzo à Rádio Globo.
O ex-mandatário, que assistiu ao jogo na companhia de Aldo Rebelo, ministro do Esporte, tentou adotar um tom menos crítico ao presidente Paulo Nobre no início, mas ao decorrer de suas respostas não conseguiu esconder a insatisfação com o responsável por gerir o Palmeiras no ano do centenário do clube.
"Não gosta de fazer críticas agressivas, mas quero dizer que não é possível continuar assim. A diretoria precisa dar explicações ao torcedor palmeirense, e, mais do que isso, dar esperanças. Isso é inadmissível. O que nos resta é a esperança e eu quero dizer ao torcedor do Palmeiras que sofri hoje um dos maiores vexames da minha vida", acrescentou o ex-presidente.
"Olhando a tabela temos chance de se recuperar, e isso que devemos torcer. Antes de mais nada, temos que colocar nossos interesses pessoais distantes do clube. O Palmeiras está contaminado com pessoas que não gostam do clube. As pessoas pensam mais nelas do que no clube", alertou Luiz Gonzaga Belluzzo, fazendo comparações com a sua gestão.
O mandatário destacou que o Palmeiras tinha patrocínio máster em 2009, iniciou a construção da inacabada Arena Palestra Itália e ainda brigou pelo título na competição que hoje amarga a lanterna. "O Palmeiras disputou o título quando eu era presidente, não foi a queda, era o título. Eu quero ajudar, mas não quero cargo. O Palmeiras precisa pensar grande", completou.
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