Mais um vexame. Uma atuação que nem de longe representa aquilo que a vencedora história do Palmeiras é, e que vem sendo seguidamente manchada por gestões e times fracos, como acontece hoje no clube.
Este 6 a 0 é resultado das seguidas falhas que a atual diretoria cometeu, especialmente neste ano.
Remodelou o grupo da Série B de 2013, e fez um elenco razoável, com boas opções para o Campeonato Paulista, mas o desmanchou aos poucos depois da eliminação para o Ituano em um jogo atípico.
O fundo do poço foi a saída de Alan Kardec para o rival São Paulo depois de uma desgastante negociação, muito mal comandada pelo presidente Paulo Nobre. Dali para frente, o Palmeiras não se encontrou mais.
É o time que mais perdeu no Brasileiro (13 vezes em 23 jogos), e as análises até lembram as de 2012: “mas o time não é tão ruim, os outros são piores”. Realmente, apesar de tudo, o atual elenco não é o pior do Brasileiro. É um dos piores da história do clube, mas poderia até desempenhar um papel melhor no Nacional. O problema é que o Palmeiras está à deriva, perdido.
Dorival Júnior foi sincero: faz o possível. Chegou há cinco jogos, e corre o sério risco de cair com três clubes para a Série B em dois anos (!). Fica claro que o “possível” não é o suficiente. E isto não significa que deva ocorrer outra troca no comando técnico. Uma derrota como a deste domingo é um exemplo mais do que claro das seguidas falhas cometidas por aqueles que comandam o clube.
José Carlos Brunoro falou depois do jogo, e prometeu uma atitude – não falou qual, porém. O mesmo dirigente que antes repetia em entrevistas não estar preocupado com o risco de queda, agora parece ter se assustado. Talvez tenha caído a ficha de que o trabalho neste segundo ano de gestão é ruim, e o resultado é o sério risco de fazer o sonhado centenário tornar-se um pesadelo para o palmeirense.
Paulo Nobre seguidamente repetiu que o Palmeiras não seria refém do seu aniversário de cem anos. Tanto não é que caminha a passos largos para o terceiro rebaixamento em 12 anos, e este talvez seja o mais cruel deles, diante de toda a expectativa que o torcedor colocou no ano de 2014.
Jogadores, comissão técnica e diretoria parecem não saber o que fazer para evitar o pior. Faltam apenas 15 jogos para o fim do Brasileiro e, a cada dia, fica mais difícil imaginar que o time conseguirá evitar a queda.
3324 visitas - Fonte: Pitacos do Palestra/La