Paulo Nobre se recusou a dar entrevista coletiva após perder por 6 a 0 para o Goiás, mas usou a rádio Bandeirantes para anunciar uma reformulação no último colocado do Campeonato Brasileiro. O presidente assume a culpa pela fase do time, mas avisa que fará dispensas e trará novos jogadores para o elenco do Palmeiras.
“Temos a ideia de contratar algum jogador e estamos estudando há algum tempo vários da Série B para suprir necessidades do elenco. Também estávamos estudando como enxugar o elenco e estamos conversando com a comissão técnica para decidir alguns que podem sair”, informou o dirigente.
O primeiro a sair foi Josimar, volante que estava emprestado pelo Inter até dezembro e foi liberado para acertar com a Ponte Preta. Outros possíveis nomes a serem negociados são o lateral direito Weldinho e o meia Felipe Menezes. Já Wesley, embora tenha alegado dores musculares assim que ficou livre para assinar pré-contrato e sair de graça em fevereiro, não passa confiança à diretoria em relação a um possível acerto com o São Paulo, mas o vice-presidente Mauricio Galiotte o espera para renovar seu contrato.
De qualquer forma, Nobre tenta mostrar mão forte diante do risco de rebaixamento. “Algumas medidas têm que ser tomadas. É natural em um campeonato grande e difícil como a Série A do Brasileiro que aconteçam vitórias e derrotas, porém, 6 a 0, independentemente de quem seja o adversário, foge da normalidade para um clube com a tradições do Palmeiras.
Algumas medidas precisam ser tomadas. Da mesma maneira que o resultado não foi normal, a cobrança é diferenciada. Não existe falta de vontade nem racha do grupo, mas precisam acontecer algumas coisas.”
Claramente preocupado, o presidente também não consegue nem garantir até quando vai a sua confiança em Dorival Júnior, que, em cinco jogos, conseguiu um ponto a mais em relação aos quatro somados pelo antecessor Ricardo Gareca em nove rodadas no Brasileiro. Mas o atual treinador pode ser trocado se não trouxer melhores resultados logo.
“Trocar de técnico está totalmente fora de contexto neste momento. Mas o futebol é dinâmico. Eu imaginava que o Gareca fosse ficar até o fim do contrato e talvez mais um. Só que no futebol, infelizmente, você tem que fazer mudanças. A cabeça dessa diretoria, a minha especialmente, com relação ao Dorival Júnior é que fique até o fim do contrato. Tenho certeza de que vai nos tirar dessa situação”, apoiou Nobre, tentando assumir a culpa pela má fase dentro de campo.
“Se o Palmeiras está hoje nessa situação, é um erro coletivo. Não tem um responsável. Porém, nessa cota de responsabilidade coletiva, o principal sou eu, o presidente do clube. Como nunca fugi de responsabilidade nenhuma na minha vida, não vai ser agora que farei isso. É um momento crítico, muito difícil. Mas as dificuldades existem para serem superadas e é o que vamos fazer. Vamos sair desse momento incômodo, principalmente, porque temos o apoio de uma torcida exemplar”, elogiou.
43491 visitas - Fonte: GazetaEsportiva