Renato Augusto reclama com Sandro Meira Ricci sobre pênalti (Foto: Wagner Méier/LANCE!Press)
Uma orientação dada à arbitragem brasileira em dois cursos da Fifa tem causado interpretações conflitantes na hora em que a bola toca na mão de alguém dentro da área: pênalti ou não? Ultimamente, a maioria tem decidido que sim e passado do limite, como admitiu a CBF, que vai tentar remediar com adendos aos delegados das partidas.
– Não dá para repassar tudo, juntar todo mundo de novo. O que temos que fazer é reeducar os delegados, e estamos fazendo isso – disse ao LANCE!Net Sérgio Corrêa, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.
Sandro Meira Ricci, que atuou na Copa-2014, foi um deles, ao dar o toque do lateral Fagner, do Corinthians, contra o Flamengo.
– Na jogada, ele teve elementos para dar. Mas, pelos conceitos, indicaria que não – comentou Corrêa.
Como muitos torcedores têm reparado – e reclamado –, a incidência de pênaltis aumentou com o entendimento de que até mesmo um movimento feito durante a corrida pode gerar infração, como foi com o zagueiro Antonio Carlos, do São Paulo, contra o Corinthians.
Segundo a CBF, esse detalhamento sobre a regra 12 do futebol foi delineado aos apitadores nacionais por Oscar Ruíz e Jorge Larrionda, instrutores da Fifa, em cursos realizados em abril e agosto – principalmente no segundo caso. Desde então, na maioria dos casos, bastou a bola tocar no braço, sem avaliação da intenção ou do fato de o membro estar próximo ao tronco ou não, para o apito soar.
- Não foi nada que partiu da CBF. Os instrutores vieram aqui - disse Corrêa.
Mas a própria Fifa não quer saber de exageros e nega que tenha feito qualquer alteração na interpretação da regra.
Agora, o trabalho vai ser dobrado para reeducar o pessoal do apito. E não dá mais para chorar pelo leite derramado e os pênaltis marcados indevidamente no Brasileirão.
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