Santos usa supremacias por liderança contra o Palmeiras

Rivais se reencontram, mais uma vez, em jogo decisivo no Paulista (Foto: Ricardo Matsukawa / Terra)



Santos e Palmeiras fazem neste domingo, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro, clássico decisivo pelo Campeonato Paulista. A partida que vale a conquista moral de melhor equipe da primeira fase da competição põe à prova supremacias do Santos: a primeira na Vila Belmiro, onde não perde desde março de 2011 (21 vitórias em 24 jogos, com 91,6% de aproveitamento), e a segunda diante do próprio rival, contra quem ganhou todas confrontos decisivos de estadual no século.



Foram três eliminações do rival: em 2000 e 2009, nas semifinais; e em 2013, na última competição disputada por Neymar pelo clube, nas quartas de final. Em 2006, o encontro pela 13ª rodada foi considerada a final antecipada na competição de pontos corridos, que encerraria o jejum de 22 anos sem conquistar um Paulista do Santos.



Já classificados e conhecedores de seus adversários nas quartas de final, o encontro pode ensaiar, também, a possível final da competição entre os favoritos. O Palmeiras possui a melhor campanha geral, com 35 pontos, dois a mais que o Santos, que precisa vencer para consolidar o objetivo da melhor campanha para decidir todos os jogos na Vila. A fase seguinte, nas quartas e nas semifinais, no entanto, ainda seguirá contabilizando para a pontuação geral, critério para os mandos de cada fase.



Oswaldo faz mistério e veta Arouca

O Santos que iniciou a semana externando que vencer o rival seria obrigação, mudou o discurso. O técnico Oswaldo de Oliveira informou na quinta que contava com o centroavante Leandro Damião, que se recuperou de entorse leve no tornozelo esquerdo, mas acenou com a possibilidade de poupar até quatro titulares. Arouca foi o primeiro, vetado devido a uma pancada na coxa esquerda.





Recuperado, Damião foi confirmado por Oswaldo (Foto: Ricardo Saibun / Gazeta Press)



"Se perdermos para o Palmeiras nada muda, mas se perdermos para a Ponte (Preta), aí sim, acabou o campeonato. Não adianta agora medir forças sabendo que não vai decidir o campeonato. A minha visão, nesse momento, é essa. Nós chegamos aqui em uma situação que poderia ser melhor para nós se tivéssemos vencido o último jogo, mas ter essa vantagem implica em um esforço grande", argumentou o treinador.



No primeiro trabalho tático da semana, optou por um Santos com cinco modificações: Bruno Peres no lugar de Cicinho, David Braz no de Jubal, Alan Santos na vaga de Cícero, Alison na de Arouca e Rildo foi efetivado no ataque no lugar de Leandro Damião.



Oswaldo ainda trocou o treino de sexta-feira para o período da tarde, na Vila Belmiro, e cancelou o acesso à imprensa aumentando, ainda mais, o mistério sobre o time titular para o confronto. A contrapartida são os retornos já confirmados do goleiro Aranha e o lateral esquerdo Eugenio Mena, recuperados de lesões, além do zagueiro Neto e o atacante Thiago Ribeiro, que cumpriram suspensão na última rodada.



Com isso, o provável Santos terá: Aranha; Cicinho (Bruno Peres), Jubal (David Braz), Neto e Mena; Alan Santos, Cícero (Alison) e Gabriel Barbosa; Thiago Ribeiro, Geuvânio e Leandro Damião.



Kleina tem desfalques, mas escala quarteto?

O técnico Gilson Kleina, por sua vez, promete ofensividade para enfrentar o melhor ataque da competição. Pela segunda vez, escalará o quarteto ofensivo formado por Bruno César, Valdivia, Leandro e Alan Kardec. O clube alviverde, no entanto, também terá baixas importantes para o confronto.





Bruno César ganhará nova chance como titular (Foto: Alan Morici / Terra)



No meio, Wesley e França foram vetados. O primeiro devido a lesão na coxa direita, enquanto o segundo por um incômodo na panturrilha esquerda. A baixa mais sentida, no entanto, é a do goleiro Fernando Prass, liberado para resolver problemas particulares. O único poupado será Wendel, pendurado com dois cartões amarelos, que cederá vaga para Bruninho.



"Sabemos que o Santos está fazendo um campeonato perfeito na Vila Belmiro, com sete jogos e sete vitórias. Eles têm um ataque jovem, irreverente e insinuante, com dois mais experientes, o Damião e o Thiago Ribeiro, mas não pensa que essa armação só inicia quando a bola chega nos atacantes, tem quem vem de trás também. Estaremos atentos com todos", explicou Kleina.



Com isso, o provável Palmeiras terá: Bruno; Bruninho, Lúcio, Tiago Alves e Juninho; Eguren, Marcelo Oliveira, Bruno César e Valdivia; Leandro e Alan Kardec.