Belluzzo será, se Pescarmona for eleito, o responsável pelo 'comitê de notáveis'
Para tentar tirar Paulo Nobre do cargo, a chapa de Wlademir Pescarmona aposta em um comitê de notáveis para reformular a vida do Palmeiras. Além de ter a missão de regastar a imagem do alviverde no mercado, a ideia é de instaurar um novo modelo de governança no clube, com empresários experientes dos mais diferentes segmentos.
A equipe, que será coordenada por Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-presidente e agora candidato a vice, já foi definida (veja os nomes abaixo) e será apresenta na próxima quinta-feira, em coletiva de imprensa, no dia de lançamento da campanha.
"Não é um modelo parlamentarista. É presidencialista. O que está se construindo é um comitê de administração como tem em grandes empresas, para mudar o modelo de governança do Palmeiras, por escolha do presidente", afirmou Belluzzo, em contato com a reportagem.
"Serei responsável por esse grupo, que terá também o objetivo de ampliar os relacionamentos empresariais e melhorar a imagem do Palmeiras no mercado", completou.
Veja abaixo quem são os nomes escolhidos por Belluzzo para o comitê:
Marcelo Castelli: presidente da Fibria, a maior companhia brasileira de celulose e papel, formada a partir da fusão de Aracruz e Votorantim Celulose e Papel. Castelli tem mais de 25 anos de experiência no setor.
José Carlos Grubisich: presidente da Eldorado Celulose, concorrente da Fibria mais novata no mercado. Os maiores investidores são do grupo J&F (47,2%), que comanda a maior processadora de carnes do mundo, a JBS (Friboi é uma das marcas).
Venilton Tadini: presidente do banco Fator. Tadini integrou a primeira equipe econômica do governo Fernando Collor de Mello, ajudando ajudou a preparar as medidas provisórias do Plano Collor. O economista foi um dos responsáveis pela política de abertura comercial e de privatização iniciada na década de 90. Sua carreira ficou marcada pela sua experiência como vendedor de estatais.
Italo Barioni: empresário ligado ao setor de energia, dono da Contem, que participou de diversos projetos na área de geração (termelétrica, PCHs e fontes alternativas) e distribuição (linhas de transmissão). A companhia também faz parte do segmento de papel e celulose.
Marcos Arnaldo Silva: ligado ao ramo petrolífero, Marcos é diretor presidente da Repsol, que tem história no Brasil desde 1998, quando a Repsol Espanha comprou a subsidiária brasileira da YPF, tradicional petrolífera argentina que operava aqui desde 1997. Depois, uma nova companhia nasce de uma ampliação de capital, na qual a Sinopec colocou mais de US$ 7,1 bilhões na Repsol Brasil. A operação deu lugar a uma empresa de US$ 17,8 bilhões em valor de mercado, na qual 60% cabe à Repsol e os 40% restantes são da Sinopec.
Miguel Nicolelis: médico e cientista brasileiro, foi considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo no começo da década passada, segundo a revista "Scientific American". Na cerimônia de abertura da Copa do Mundo no Brasil, ele e sua equipe realizaram a demonstração pública de um exoesqueleto controlado pelo cérebro de um paciente paraplégico, dando mobilidade a ele, além de certa sensibilidade.
Se eleito, Pescarmona terá 'grupo de notáveis'
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