Reforço usa aprendizado da várzea e supera trauma para chegar ao Verdão

Washington superou um grave acidente de carro na infância, quando quebrou as duas pernas



O volante Washington assinou um contrato de apenas três meses com o Palmeiras, mas chega ao clube com a confiança de que aproveitará muito bem a oportunidade.



Em seus primeiros dias na nova equipe, o jogador lembra o aprendizado que teve no futebol de várzea de São Paulo e cita ainda um grave acidente superado na infância.



“Com seis anos de idade, sofri um acidente de carro e quebrei os dois fêmures. Mas, quando é a proposta de Deus, o que era para dar errado deu certo. O médico avisou minha mãe que eu não poderia praticar esporte com as pernas, mas hoje estou aqui no Palmeiras”, comentou.



Com o acidente superado, o jogador começou mais tarde a buscar seu espaço no futebol de várzea da capital.



“Sou da Brasilândia, onde as pessoas pensam que é o fim do mundo, mas é um lugar bom, onde nasci. Sou respeitado lá e respeito também as pessoas. Só não sei se o time em que eu jogava lá ainda disputa, porque depois que virei profissional não deu mais para jogar. Tenho muitos amigos lá.”



No futebol amador, Washington recebia os conselhos do pai. “Vira e mexe meu pai apitava jogos da várzea”, recordou. “Ele falava para eu ir na ‘manha’, porque alguns eram maldosos. Às vezes, um jogador se destacava e tinha quem chegava firme.”



Antes de ser contratado pelo Palmeiras, o volante passou por Força, FK Teleoptik (da Sérvia), Botafogo-SP, Tombense, Figueirense, Cianorte, Crac, Penapolense e Joinville. O atleta chamou a atenção do Verdão atuando pela equipe catarinense, que ocupa o G-4 da Série B.



Washington, de 25 anos, foi contratado na última semana de inscrições no Brasileirão e chega para suprir a saída de Josimar, que se transferiu para a Ponte Preta. O setor também está sem Eguren, lesionado.