Kardec virou 14 para homenagear carro de Nobre no rali

Carro de Paulo Nobre era número 14



Nesses dois anos como presidente do Palmeiras, uma das principais frustrações de Paulo Nobre foi a de ter perdido Alan Kardec para o São Paulo, em uma negociação que decretou o fim do relacionamento entre os dois clubes. A decepção, no entanto, foi ainda maior para o dirigente. Além de ver o rival reforçado, o cartola tinha vínculos sentimentais fortes com o atacante: foi ele quem escolheu a camisa 14 para o jogador, número de seu carro de rali.



Em reuniões no clube, é isso que Nobre tem dito aos sócios, que se encontram com o objetivo de fazer um balanço do mandato e, quase sempre, acabam entrando no tema. O atual presidente tem contado detalhes de como foi a chegada do atleta, que acabou protagonizando o episódio mais triste da vida do comandante à frente do alviverde, segundo palavras usadas por ele mesmo.



De acordo com o dirigente, Kardec chegou ao time paulista sem saber que número vestiria. Em uma conversa entre os dois antes da apresentação, Nobre aproveitou a dúvida do centroavante para fazer um pedido.



"Eu queria que você fosse o meu jogador. Queria pedir a você que jogasse com o meu número. Eu sempre corri com o carro número 14 e queria que você fosse o número 14 do Palmeiras", falou o presidente para os associados, contando o que disse para o atacante à época. Como resposta, afirmou ter ouvido do jogador: "Legal. O Thierry Henry (atacante do New York Red Bulls, dos Estados Unidos) também é 14. Fechado!".



Dias depois, na sua primeira coletiva de imprensa, Kardec teve de justificar também aos jornalistas a escolha do número.



"Me perguntaram com qual camisa eu tinha vontade de jogar e na hora veio na cabeça o Thierry Henry, que atuava com a 14 no Arsenal. Sempre fui fã dele. No Santos, muitos me perguntavam de Real Madrid e Barcelona, mas falei que tinha vontade de jogar no Arsenal na Europa. Tenho certeza que essa camisa pode trazer boas inspirações para mim", respondeu, sem citar qualquer pedido do presidente.



No São Paulo desde maio, o atacante também é número 14.