Prass agradece carinho da torcida: "Feliz de poder retribuir em campo"

Fernando Prass durante a partida entre Palmeiras e Botafogo, no Maracanã (Foto: Getty Images)



Após mais de cinco meses em recuperação, goleiro volta ao gol palmeirenses em grande estilo e evita euforia com bom resultado: "Essa briga vai ser durar até o final"



A torcida do Palmeiras lamentou, torceu e até cobrou um rápido retorno de Fernando Prass ao gol alviverde. Depois de longos cinco meses de espera, o goleiro voltou ao time e foi fundamental para a vitória da equipe do técnico Dorival Júnior por 1 a 0 diante do Botafogo, na noite da última quarta-feira, no Maracanã.



Após fraturar o cotovelo direito no dia 4 de maio, no primeiro tempo da partida contra o Flamengo, pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, também no Rio de Janeiro, o arqueiro teve de ser submetido a duas cirurgias. O longo processo de recuperação



– Eu fiquei muito tempo fora, sofri, mas consegui ver algumas coisas por um ângulo diferente. A torcida do Palmeiras ficou ansiosa, às vezes me cobrando o porquê da demora, mas foi uma lesão muito grave.



Quebrei o cotovelo, tive um arrancamento ósseo, é uma lesão difícil de se tratar, ainda mais para goleiro. Mas a recepção que a torcida me deu e, durante os jogos que fui, o carinho que ela apresentou, foram maravilhosos. Fico feliz de poder retribuir dentro de campo agora – avaliou o goleiro, na saída do Maracanã.



No fim do segundo tempo, após fazer linda defesa em chute de Wallyson, Fernando Prass causou preocupação ao cair no gramado reclamando de dores no braço operado. Mas o palmeirense tratou de desmentir qualquer novo problema.



– Eu estou bem. É muito ruim ficar muito tempo sem jogar. Por mais que você treine, a situação de jogo é diferente. Ainda mais em um campo traiçoeiro como é o do Maracanã.



Além de o gramado não estar bom, é muito duro, e estava molhado por cima. Para o goleiro, é a pior coisa que tem. É um jogo que exige muita concentração. Sabíamos que seria um jogo de poucas oportunidades, eles tiveram as deles, tivemos as nossas, até para ampliar o placar e para matar o jogo. Mas tinha que ser assim, sofrido até o final – disse.



Mesmo no período em que esteve ausente da equipe, Fernando Prass manteve a rotina acompanhar a delegação nas partidas em São Paulo. Líder do elenco, ele destacou o trabalho motivacional feito pelo coach Lulinha Tavares, que tem trabalhado diretamente com os atletas na recuperação da equipe no Brasileirão.



Apesar da empolgação com o resultado fora de casa, o goleiro ressaltou as dificuldades que a equipe terá na reta final do Campeonato Brasileiro e afirmou que o time deve manter a mesma pegada.



– Não tem mágica. Sabemos que em um momento desses de muita pressão e crítica, mesmo que o jogador não saiba o que estão falando, chega aos ouvidos, através da imprensa, dos familiares.



O cara está ali para puxar algumas memórias boas que estão guardadas lá no fundo, em termos de motivação e autoconfiança que ficam adormecidas por causa da má fase. Ele faz nós olharmos por outro ângulo, às vezes, não ver só as coisas ruins. Encarar, de repente, como uma oportunidade de provar para ti mesmo que tem capacidade – afirmou.



– Para nós, é uma vitória sair dessa situação. Sabemos que para a grandeza do Palmeiras é pouco, mas também sabemos o quanto é difícil. Estamos vendo a cada rodada que mais times estão lutando para não cair. O campeonato está achatando. Essa briga vai ser durar até o final – completou.