Fernando Prass acredita que os momentos ruins servem para conter a euforia diante do novo cenário
Depois de chegar à lanterna do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras conseguiu se recuperar na competição, somou 12 dos últimos 15 pontos e emplacou três vitórias consecutivas. A sequência fez o grupo alviverde ganhar confiança na luta contra o rebaixamento, mas ainda há aqueles que preferem manter a cautela. Para o goleiro Fernando Prass, por exemplo, os momentos ruins servem justamente para conter a euforia diante do novo cenário.
“Estávamos precisando vencer, não só pela pontuação, mas também por causa da confiança. Uma das coisas que está sendo o nosso ponto forte é que a gente não abaixa a guarda. Passamos por um momento muito difícil, e agora estamos começando a sair. Então seria muita ignorância achar que a situação está resolvida”, alertou o arqueiro palmeirense durante visita à escolinha de goleiros “Fechando o Gol”.
Esta cautela não permite sequer começar a fazer contas com dez rodadas para o fim. O goleiro acredita que o momento pede para que o Palmeiras conquiste o maior número de pontos possíveis, sem olhar a matemática para fugir do rebaixamento. Além disso, Fernando Prass espera chegar ao último jogo sem o risco da degola, fugindo assim de uma pressão ainda maior.
“Não é aceitável para o Palmeiras estar nesta situação, por isso vamos fazer o maior número de pontos possível. Todos falam em 43 pontos, que assim teria 90% de chances de se livrar, mas temos que conseguir o maior número de pontos possíveis, porque é desgastante demais chegar precisando do resultado na última rodada, ou ter que torcer contra os outros times”, projetou o goleiro alviverde.
Fernando Prass foi um dos responsáveis pelo bom momento vivido. Recuperado de uma contusão no cotovelo, o jogador voltou ao gol palmeirense há duas rodadas, e por enquanto tem 100% de aproveitamento. A recuperação também passa pelos pés de jogadores badalados, como Wesley e Valdivia, que também recuperaram o bom futebol e têm sido decisivos para o time de Dorival Júnior.
O meia chileno, aliás, ‘roubou’ a faixa de capitão, o que parece não incomodar o goleiro. Fernando Prass prefere ter outro olhar sobre a escolha, já que Valdivia, que teve problemas disciplinares em outros momentos, ganhou mais responsabilidade ao ser obrigado a liderar os seus companheiros.
“A parte explosiva é da personalidade e ele (Valdivia) será sempre assim. Agora cabe a ele controlar isso, quanto mais ele controlar, mais ele vai render dentro de campo. O jogador pode ser chato dentro de campo, desde que isso não tire o foco dele. Se ele conseguir ter esse amadurecimento, ele será cada vez mais fundamental para a gente”, concluiu Fernando Prass.
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