Estádio do Palmeiras já tem 97% de suas obras concluídas (Foto: Reginaldo Castro/LANCE!Press)
Embora discutam na arbitragem pontos divergentes no contrato que assinaram por 30 anos, Palmeiras e WTorre já estão mais próximos e trabalham juntos para que o Allianz Parque abra no dia 9 de novembro, no jogo entre Verdão e Atlético-MG, pelo Brasileiro.
Ainda dependendo de eventos-teste para a liberação de sua casa, o clube tenta evitar que a estreia no local aconteça com capacidade de público reduzida, em cerca de 30 mil pessoas.
A construtora corre contra o tempo para obter todos os alvarás que liberam o funcionamento do estádio - nesta semana o Contru e os Bombeiros farão as duas últimas vistorias.
Pessoas próximas à empresa consideram que tudo sairá a tempo para o show com Paul McCartney, no dia 25 de novembro. Agora, aceleram para que a arena esteja pronta na partida contra o Galo. Precisariam de mais dois testes com o público para usar 100% da capacidade, mas por enquanto apenas um está marcado: a despedida oficial de Ademir da Guia, dia 25 de outubro, para 10 mil pessoas.
Palmeiras x Atlético-MG, portanto, seria o segundo evento-teste, com o estádio parcialmente aberto para 30 mil pessoas. Apenas a partir deste jogo seria possível utilizar as cerca de 43 mil cadeiras do Allianz Parque, hoje com 97% de suas obras concluídas.
A sugestão feita pelo Palmeiras em reunião nesta segunda é de que entre o amistoso do Divino e o dia 9 fosse realizado no estádio um treino do time, aberto para 30 mil membros do Avanti - o programa de sócio-torcedor conta com mais de 45 mil inscritos.
Com isto, já contra o Galo o time, que aposta muito no apoio da torcida para livrar-se do risco da queda, poderia tornar o antigo Palestra Itália em um caldeirão ao ter à disposição todos os lugares do local.
A possibilidade ainda não está descartada, mas há o temor de que não se tenha tempo para isto. Independente da carga, os parceiros creem que haverá jogo no local, diante da melhora na relação entre as partes.
O Verdão entendia que a arena não poderia ser usada para eventos comerciais, como shows e jogos, antes do parecer na arbitragem (que pode demorar mais um ano) a não ser que houvesse um acordo.
O clube chegou a pedir para o estádio permanecer fechado enquanto não saísse um veredicto na corte arbitral, mas desde então a relação, que ainda não é ideal, começou a melhorar.
- O importante é defender os interesses do Palmeiras nessa arbitragem e nessa discussão com a construtora, que não é nossa inimiga, é nossa parceira. Só que o combinado não é o caro. Nós estamos defendendo única e exclusivamente os interesses do clube.
O meu interesse como torcedor é de jogar o quanto antes no Allianz Parque. A minha vontade como presidente não é diferente, mas eu tenho de colocar os interesses do clube e não uma eventual inauguração da arena na minha gestão como prioridade - falou Paulo Nobre após a votação no Conselho de segunda.
A AEG, gestora de eventos da arena, não foi notificada de qualquer pendência judicial e deu sequência às negociações para eventos, como o show de Paul McCartney, que deve ter início da venda de ingressos na próxima sexta.
A construtora, por sua vez, usava o argumento de que as duas partes perderão muito dinheiro com a arena pronta e fechada, e o Palmeiras já começa a pensar da mesma forma. Procuradas pela reportagem, as partes, por conta do processo na arbitragem, não comentam o assunto.
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