Fernando Prass diz querer jogar até 40 anos

Goleiro de 36 anos também defendeu Fábio, seu substituto: "Entrou em momento complicado"

Fernando Prass pensa em jogar até aos 40 anos / Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação



Se depender de Fernando Prass, o Palmeiras pode ficar tranquilo quanto à posição de goleiro. O jogador de 36 anos pensa pelo menos atuar por mais quatro temporadas e ser o 'Rogério Ceni, do Palmeiras'. O goleiro do Tricolor tem 41 anos e é identificado com o clube e a torcida, a exemplo do camisa 1 do Verdão.



“No mínimo quero jogar até aos 40 anos em alto nível. Depois a gente vai vendo ano a ano como o corpo vai reagindo pra ver até que ponto a gente pode chegar”, disse em entrevista ao programa ‘De Primeira Debate’, da Rádio Bradesco Esportes FM.



“Temos o exemplo do Rogério Ceni, do Dida e de muitos outros goleiros de fora”, discursou, destacando que está em ótima forma física. “Fisicamente eu sou privilegiado. Hoje tenho os mesmos testes físicos, de potência de quando tinha 26, 27 anos e quanto a isso não tenho problema”.



O contrato de Fernando Prass com o Palmeiras vai até ano que vem. Ele, que ficou ausente do clube se recuperando de uma fratura no cotovelo, não se mostra com sorte pelo fato de ele ter voltado e o time ter vencido os dois jogos: “Eu brinco que é sorte, mas não acredito. O que dá sorte é o que eu faço durante a semana”.



O goleiro alviverde acredita que o seu time se recuperou no campeonato com as voltas de alguns jogadores. “Hoje o melhor time do campeonato é o Cruzeiro. Se perdesse 13 jogadores sentiria muita falta. Foi o que aconteceu com o Palmeiras, com o Valdivia negociado. A gente sofreu muito com isso. Agora voltaram oito e ainda tem cinco no departamento médico. Se fizesse falta pra eles, imagina pra gente”, destacou.



“A gente teve muita dificuldade nessa época e agora a gente começou a recuperar e está com o grupo mais forte. O treinador não fica refém de um esquema, ou outro jogador porque tem opções. Se não render um esquema ou determinado jogador ele tem opções no banco para trocar”, observou.



Dores



Prass admitiu que ainda joga com algumas dores. “Agora a dor que eu sinto é em cima da cicatriz, que é uma região que tem pouca pele e nada de músculo no cotovelo. Quando eu faço pressão no cotovelo, a pele ficou muito fina. Quando eu bato no chão tem a sensação de queimar, como se estivesse cortado de novo e isso só vai passar com o tempo quando a pele ficar mais resistente. Enquanto isso a gente vai levando, mas não me limita a fazer movimentos”.



Fernando Prass defendeu Fábio, seu companheiro de posição destacando. “O Fábio entrou em um momento muito complicado porque o erro em um goleiro é normal. Se o time vence, não está em uma situação ruim é mais fácil lidar com isso. Tenho a certeza que quando o Fábio voltar a jogar agora vai ser um outro goleiro, muito mais maduro. Essas dificuldades o fizeram amadurecer muito. Pode até ter acelerado o processo dele”.