Pescarmona promete “conversa de adultos” e não se chateia com Valdivia

Pescarmona não tem o apoio de Valdivia, com quem se desentendeu entre 2010 e 2011



O candidato da oposição à presidência do Palmeiras, Wlademir Pescarmona, não se incomodou em ver o meia Valdivia declarar apoio a Paulo Nobre na eleição que será realizada em 29 de novembro. O ex-diretor de futebol, que teve problemas com o chileno no passado, alega que procurará o atleta para resolver o assunto caso seja eleito.



“Acho que tudo bem (ter declarado apoio a Nobre). Ele é funcionário do Palmeiras e tem de defender a parte dele, não fiquei chateado. A coisa boa é que ele não vota (risos). Mas, se eu for presidente, vou conversar com ele, porque se passaram quatro anos e nós amadurecemos, vamos resolver de forma adulta e profissional”, afirmou o candidato, em contato por telefone.



Entre o fim de 2010 e o início de 2011, Valdivia e Pescarmona se desentenderam, na época em que o atual opositor era diretor de futebol. O chileno não gostou dos questionamentos em relação aos seus problemas clínicos e também se irritou por ter recebido uma cartilha de como teria de se comportar nas férias.



Mesmo com os atritos no passado, o candidato alega que “de jeito nenhum” teria problema em voltar a trabalhar com o camisa 10, que vem sendo um dos destaques nesta recuperação do clube no Brasileirão.



“Tivemos problemas e precisaríamos sentar para conversar, para ver se ele tem disposição de continuar no Palmeiras também. Com olho no olho, podemos chegar a um bom termo para o Palmeiras e seguir em frente. O clube já perdeu muitos bons jogadores, ele está se destacando e não é interessante perdê-lo”, acrescentou.



Na entrevista que concedeu na quinta-feira, Valdivia disse que não se importaria em trabalhar com Pescarmona, mas declarou que prefere a vitória de Paulo Nobre. Caso o opositor vença o pleito, quem poderia ajudá-lo na aproximação ao chileno é Luiz Gonzaga Belluzzo, que é vice em sua chapa e foi o presidente que recontratou o meia.



“O Belluzzo sempre teve um bom relacionamento com ele. Estávamos passando por uma situação bem difícil e agi daquela forma no momento (fim de 2010). Aquilo fez com que eu tivesse um amadurecimento muito grande e ele também. Somos adultos para conversar e resolver”, completou.



Pela primeira vez na centenária história alviverde, o próximo presidente do Palmeiras será escolhido pelo voto dos cerca de 10 mil associados.