Ademir da Guia já tem lugar cativo no Allianz Parque / Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress
Ademir da Guia não ganhou o apelido de Divino à toa. Campeão de tudo com o Palmeiras do final da década de 1960 e começo de 70, ele atingiu a marca de 901 jogos com a camisa do Verdão, recorde até hoje de um jogador no clube. Apesar da idolatria, Ademir não teve uma despedida à sua altura. Fato que será reparado no próximo dia 25, quando ganhará uma partida de despedida no Allianz Parque, nova Arena do Palmeiras. Sobre a homenagem, ele admite: “nem esperava mais”.
“Essa é uma homenagem que eu nem esperava mais receber, mas o mais importante vai ser poder compartilhar esse momento com grandes amigos, que também fizeram parte da história do Palmeiras”, disse o Divino em entrevista ao Portal da Band.
Ademir já havia ganhado uma partida de despedida, mas longe de ser da maneira que ele merecia. Em 1984 o Palestra Itália passava por uma série de reformas e o clube não podia utilizar o estádio. Por causa disso o último jogo do Divino com a camisa do Verdão aconteceu no Canindé, fato que deixou até o próprio jogador um pouco dividido.
Despedida de Ademir será a primeira partida de futebol na Arena do Palmeiras. Foto: Mario Henrique de Oliveira / Portal da Band
“Ah, eu pensava, né. Porque no Canindé? Nunca joguei na Portuguesa, minha carreira e meus títulos foram todos para o Palmeiras. Era meio estranho fazer minha despedida ali. Agora vai ser na nossa casa. Na nossa nova casa. E espero que ela traga sorte”, explica ele.
Apesar da modéstia que lhe é peculiar, Ademir admite que o jogo mexe também com seu ego. Nem as divindades estão livres desse sentimento. “É claro que eu fico envaidecido com isso, grato de ainda poder receber uma homenagem dessas”, comenta.
A partida acontecerá às 9 horas da manhã por conta do clássico contra o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, que esta marcado para o mesmo dia. O evento-teste da nova casa palmeirense contará com a presença de 10 mil torcedores.
Sobre os antigos e atuais ídolos que estarão presentes na homenagem, Ademir disse que não está participando da organização. Até porque se dependesse dele, “iria chamar umas 200 pessoas e ainda acabaria deixando alguém de fora”. Por isso, e para ninguém colocar a culpa na divindade por uma possível ausência, é uma empresa que está cuidando dos convidados.
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