Henrique faz um gol a cada quatro chances; Leandro Damião, a cada dez

Palmeirense artilheiro do Brasileirão tem números melhores que o atacante do Santos, que ainda busca justificar investimento e pode ser reserva no clássico de domingo

O clássico entre Palmeiras e Santos no próximo domingo colocará frente a frente dois atacantes com trajetórias e momentos bem distintos.



De um lado, Henrique, que chegou ao Verdão sem ser badalado, herdou a responsabilidade de substituir Alan Kardec e hoje é um dos artilheiros do Campeonato Brasileiro de 2014, com 13 gols.



De outro, Leandro Damião, fruto de um investimento pesado, mas que até o momento não convenceu parte da torcida do Peixe porque só balançou a rede quatro vezes na competição e pode até ficar no banco de reservas.



Henrique tem jogado mais, inclusive em quantidade. Foi contratado após a segunda rodada e, de lá para cá, jogou 24 das 26 partidas, sendo 23 como titular. Foi substituído oito vezes. Os dois jogos que perdeu foram por suspensões.



Henrique: 61,5% de suas finalizações chegam no gol (Foto: Marcos Ribolli)



Já Leandro Damião atuou em 18 jogos, 15 como titular, mas sendo substituído em 13 delas. Ou seja, são 15 jogos completos de Henrique contra dois de Damião, que ainda ficou uma partida no banco sem entrar e outras nove vetado. O tempo em campo de cada um mostra a enorme diferença na importância para o time. O palmeirense atuou por 2.115 minutos neste Brasileirão contra 1.109 minutos do santista.



Essa disparidade nos minutos jogados por cada um ameniza, em parte, a desvantagem de Leandro Damião nos números absolutos, mas em termos de eficiência na hora de concluir a gol Henrique também se impõe. O jogador do Palmeiras precisa, aproximadamente, de quatro finalizações para fazer um gol (a marca sobe para um gol em cinco finalizações se desconsiderados os marcados de pênalti). Seja como for, supera fácilmente Leandro Damião, que precisa de quase dez tentativas para fazer um gol.



Leandro Damião só fez dois jogos completos pelo Santos no Brasileirão (Foto: Leandro Martins / Futura Press)



No total, Henrique finalizou 54 vezes no Brasileirão 2014, sendo 32 no alvo (61,5%) - 13 viraram gols (24,1%) e 19 bolas foram defendidas (35,2%). Dezoito de suas conclusões (33,3%) foram para fora e outras quatro (7,4%) foram cortadas pela defesa.



Se a análise excluísse os quatro pênaltis que cobrou, a performance cairia um pouco, mas ainda superaria a do rival com 28 das 50 finalizações no alvo (56%) - dos quais nove gols (18%) e 19 defendidas (38%) -, 18 (36%) para fora e quatro cortadas pela defesa (8%).



Por sua vez, Damião, que não cobrou nenhum pênalti pelo Santos no Brasileirão 2014, contabiliza 39 finalizações, só 14 no alvo (35,9%) - quatro que viraram gols (10,3%) e 10 que foram defendidas (25,6%). Foram ainda 20 arremates para fora (51,3%, ou seja, mais da metade) e outros cinco desviadas pela defesa (12,8%).



Se melhorar um pouco sua pontaria, porém, Leandro Damião tem possibilidade de, enfim, deslanchar. Pelo menos é o que sugere outro dado: ele precisa de menos tempo em campo para finalizar do que Henrique. Leandro Damião conclui a gol a cada 28,4 minutos aproximadamente, e Henrique a cada 39,1 minutos, tempo que aumenta para 42,3 minutos se desconsiderados os quatro pênaltis que cobrou.



No quesito versatilidade, outro ponto para o palmeirense. Henrique mostra-se menos dependente de sua perna boa, a esquerda, responsável por 46,3% de suas finalizações (42% sem os pênaltis) contra 31,5% das conclusões de cabeça e 22,2% de direita. Damião distribui menos: confia mais na direita (43,6%) e na cabeça (38,5%) e arrisca pouco de esquerda (12,8%).







Confira abaixo outros números no comparativo entre os dois atacantes: