O meia Valdivia e o atacante Robinho ocupam papel de destaque em Palmeiras e Santos não só por questões técnicas, mas também pela liderança de ambos neste Campeonato Brasileiro. O chileno voltou ao time alviverde neste momento de recuperação na competição e vem exercendo a função de capitão, enquanto o Rei das Pedaladas comanda o Peixe na briga por vaga na Copa Libertadores.
“Fico muito agradecido pela confiança do Dorival. Não é a primeira vez que eu sou o capitão do clube, mas agora já é uma coisa definida pelo treinador. Existe também a confiança que os outros jogadores sempre passam. Nossa equipe cresceu muito, mas não acho que seja por eu ser capitão, o importante é que o rendimento de todos cresceu e estamos jogando mais tranquilos”, afirmou o meia alviverde.
Já no Alvinegro praiano, desde que retornou, Robinho tem chamado a responsabilidade dentro de campo e os próprios jogadores admitem que o ídolo santista é muito importante para o elenco.
“Procuro ser sempre o Robinho de sempre, com trabalho e humildade. Dou conselho para eles, que estão começando agora, assim como um dia também comecei. Trato todos com respeito, são jovens, bons e se estão aqui é porque têm qualidade”, comentou o camisa 7, que, após ser expulso contra o Botafogo, deve mudar de postura em relação à sua liderança dentro de campo.
“Não tem que falar (com o árbitro), tem que jogar futebol. A arbitragem está deixando a desejar, na minha opinião, mas não adianta nada falar, tem que esquecer arbitragem, deixar eles apitarem e a gente jogar bola. Eu fui falar com o juiz contra o Botafogo e ele me expulsou”, completou.
E mesmo com toda sua importância no Santos, Robinho não carrega a braçadeira de capitão. Esta incumbência é de Edu Dracena desde 2010. “Claro que clássico é um jogo importante, mas ser líder de um grupo não é apenas em um jogo, e sim no dia a dia. Nosso elenco tem muitos jogadores jovens e estamos sempre tentando passar um pouco da nossa experiência para eles. Eu, Arouca, Renato e Robinho, por exemplo, já passamos por algumas situações que nos deixam mais preparados para passar por certas dificuldades”, explicou o camisa 2.
Já Valdivia só passou a ser o dono da faixa de capitão com Dorival Júnior. Nem mesmo a volta de Fernando Prass aos gramados depois de cinco meses entregue ao departamento médico fez com que o treinador tirasse a braçadeira do chileno, e o goleiro não se importou em ter perdido o posto.
“O Valdivia tem um foco grande nele e é bom dar uma responsabilidade a mais ao jogador”, avalia o ex-capitão, “O Dorival deu a faixa para ele para, de repente, ter um pouco mais de noção da importância que tem para o clube”.
A liderança do chileno não é exibida apenas com as palavras, mas também de forma técnica. Com o jogador, o aproveitamento do Palmeiras no Brasileirão praticamente dobra. Ou seja, o meia é a principal esperança dos torcedores alviverdes neste domingo. Assim, Dorival Júnior, que dirigiu também Robinho no Peixe, sabe o tamanho do duelo entre os dois neste domingo. “É difícil marcar (o Robinho) se estiver um grande dia, assim como acontece com o Valdivia. São jogadores que fazem a diferença, mesmo se estiverem bem marcados”, declarou.
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