Robinho e Valdivia são os principais jogadores de Santos e Palmeiras, respectivamente, não só pelo o que representam para suas equipes, mas por tudo o que já fizeram e ainda fazem no futebol.
Ambos já protagonizaram duelos interessantes entre as seleções de Brasil e Chile, até em Copa do Mundo, como em 2010, na África do Sul. Por isso, fui ao estádio do Pacaembu para narrar o clássico e na expectativa do que ambos poderiam apresentar dentro das quatro linhas.
O chileno não teve uma carreira tão glamorosa quanto ao brasileiro, que desfilou pelos gramados europeus e teve a oportunidade de levar a ginga brasileira para os principais clubes do Velho Continente – Real Madrid, Manchester City e Milan. O palmeirense teve brilho no alviverde, onde é ídolo, no entanto, não jogou em grandes times europeus e passou muito tempo escondido no chamado “mundo árabe” até retornar ao Palmeiras.
No clássico do último domingo, 19/10/2014, no estádio do Pacaembu, o “Rei do drible” teve seu brilho ofuscado pela eficiente marcação do jovem lateral do Palmeiras, João Pedro, que não se intimidou com o camisa 7. Robinho já aterrorizou outros laterais mais experientes, Rogério, na final do Brasileirão de 2002, que o diga! Sonha até hoje com as eternas pedaladas do, então, “moleque da Vila”.
Após 12 anos de seu surgimento, com toda rodagem que o futebol europeu lhe deu e com duas Copas do Mundo, Robinho foi coadjuvante diante do Palmeiras de Valdivia. Apareceu pouco.
Quase não driblou. Deu alguns passes, mas sem a objetividade e o encanto que o notabilizaram. O camisa 7 da Vila ficou na sombra de Geuvânio, Gabriel e Lucas Lima, os principais jogadores do Santos na vitória ante o Verdão. Gabigol, então, dispensa qualquer tipo de comentário.
Não é nenhum malabarista, porém, eficiente nas conclusões e com muita mobilidade. Hoje é a principal estrela da equipe praiana, com apenas 18 anos de idade. O “Rei das pedaladas”, contudo, passa desapercebido, assim como também aconteceu na passagem anterior pelo Peixe, quando Neymar e Ganso encantavam.
Já Valdivia no Palmeiras teve uma atuação exuberante. Foi incisivo durante os 90 minutos. Sem genialidade, mas com precisão e raça, qualidades que o torcedor palmeirense não vê há muito tempo em alguns jogadores da equipe palestrina.
O camisa 10 do Palmeiras sofreu muito com contusões e polêmicas fora de campo durante todo esse tempo no Verdão, entretanto, quando está afim de jogo é daqueles que tira o sono do marcador. Alison e Arouca tiveram muita dificuldade para conter os avanços, dribles e gingadas do chileno. Pena que o restante da equipe não o acompanha.
Logo nos primeiros minutos de jogo Valdivia deixou Wesley em boa condição para marcar, mas o camisa 11 arrematou mal. Depois o meia roubou uma bola de Edu Dracena e colocou Henrique em boa condição, mas o centroavante também não soube aproveitar.
No decorrer do jogo, a magia do chileno palmeirense dava alguma esperança ao torcedor que via o sistema de marcação falhar nos três gols do adversário.
No duelo Robinho x Valdivia, o camisa 10 do palestra levou a melhor, sem sombra de dúvidas. Foi o autêntico meio campista. Pensou o jogo e conduziu a sua equipe para o ataque. Enquanto o Santista, não teve uma atuação brilhante. Foi discreto.
Porém, teve a felicidade de ter companheiros mais eficientes nas finalizações, o que lhe rendeu o resultado positivo.
O duelo de gigantes foi excelente! Portanto, que tenhamos mais desafios entre craques da bola. O futebol sempre ganha com craques assim.
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