Enquanto isso, o Palmeiras joga ainda sob o efeito da heroica classificação diante do Atlético-MG, com vantagem o suficiente para perder e seguir na ponta do Nacional, e sem precisar poupar ninguém já que o próximo confronto é só no dia 21 de agosto.

O duelo para o Alvinegro começa como um problema desde terça-feira. Depois de ser eliminado contra o Flamengo, o Corinthians já teve a notícia que não contará mais com Willian e tenta recuperar os seus atletas do desgaste físico até sábado. Renato Augusto ainda não consegue jogar 90 minutos, Yuri Alberto não deu uma finalização certa desde a sua chegada, Balbuena está cansado segundo Vitor Pereira, Maycon se recupera de uma fratura, Cantillo não consegue convencer.

Com todas essas questões, o treinador ainda precisa deixar seus atletas "frescos" para o jogo contra o Atlético-GO. Ser eliminado na Copa do Brasil seria o alarme que falta para que a palavra crise seja usada no noticiário corintiano, mas como não usar força máxima em um dérbi como esse? Se no começo do Brasileiro ele já foi questionado por poupar no clássico, imagina como será nesta altura do campeonato?

Ao mesmo tempo, se conseguir uma vitória contra o arquirrival em um momento tão difícil, o ambiente no Parque São Jorge muda completamente, a ponto de o corintiano já entrar em campo na quarta com ainda mais força para reverter o 2 a 0 na ida. Além disso, a diferença na tabela passaria a ser de três pontos, com a difícil sequência de Flamengo e Fluminense para o Palmeiras.

Do outro lado, o Palmeiras passou de maneira heroica contra o Atlético-MG e tem atletas em ascensão para um eventual rodízio. Rony voltou de lesão e já jogou 90 minutos. Se não tiver condições, pode ser substituído por Flaco López. Gustavo Scarpa e Danilo, a longo prazo, já não terão condições de atuar no dia 30 contra o Athletico por causa da suspensão, então poderão ser usados até o limite no atual calendário. Gabriel Menino e Mayke cresceram nas últimas partidas, assim como Luan, que normalmente corresponde quando reveza com Murilo ou Gustavo Gómez.

Além da questão individual, no ponto de vista coletivo, o Alviverde está muito à frente de seu arquirrival, apesar de a pontuação não sugerir essa diferença. A grande questão é saber se o time conseguirá ter o mesmo foco de sempre depois da descarga de emoção de quarta-feira para manter seu nível tão elevado como de costume. Como diria o filósofo... Clássico é clássico e vice-versa.




Palmeiras, 2022, derby

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