Enquanto o Verdão, que vai disputar com o Ituano uma vaga na decisão, trabalha com 27 jogadores no grupo profissional, os eliminados Corinthians, São Paulo e Santos contam com uma maior quantidade de atletas: são 39 são-paulinos e santistas e 36 corintianos atualmente.

Atual campeão brasileiro e paulista, o Palmeiras tem apostado especialmente a partir da chegada de Abel Ferreira em uma filosofia que valoriza a base do plantel, com apoio de atletas polivalentes e dos jovens das categorias inferiores.

Tudo isso somado ao modo conversador de agir no mercado, o que é alvo de críticas, e uma elogiada infraestrutura à disposição dos jogadores e da comissão técnica.

Com apenas 27 jogadores no elenco, o Verdão ainda tem a intenção contratar e atender aos pedidos de Abel. São dois os alvos: um volante e um atacante de velocidade. A primeira janela de transferências fica aberta até o início de abril.

Até o momento, porém, os alvos procurados não se concretizaram em reforços. Para o meio-campo, Jean Lucas, do Monaco, e Andrey Santos, do Chelsea, tiveram negociações fracassadas com a diretoria palmeirense. Allan, do Atlético-MG, é muito bem avaliado, mas o Galo não quer negociá-lo.

Para o ataque, o clube tem Artur, do Bragantino, no radar e fez proposta por Michael, do Al Hilal, mas a negociação também não evoluiu.

Enquanto analisa as opções e as suas viabilidades, a diretoria de Leila Pereira vai lidando com a pressão externa e interna por reforços.

Abel Ferreira chegou a cobrar a chegada de mais opções prontas e não mais apostas, principalmente por causa das saídas de Danilo e Gustavo Scarpa. A presidente admite a necessidade de trazer mais jogadores, mas com responsabilidade financeira.

Neste sentido, há uma sintonia do treinador com o planejamento do clube. Após a última partida da primeira fase, contra a Ferroviária, por exemplo, Abel voltou a falar sobre reforços e até afirmou que aguarda a chegada de contratações, mas que entende a questão financeira por trás de tudo.

– Sei que o clube tem um teto, um limite, se vai passar ou não, é com o financeiro. Essa parte não é minha, a minha é fazer o que posso com o que tenho. Nós trabalhamos com o que temos, não há outra forma – disse.

Na mesma coletiva, o treinador disse que está habituado a "com menos, fazer mais". O Palmeiras aposta na polivalência dos atletas como alternativa para o grupo atual. Mayke, lateral-direito de origem, já atuou como ponta, e Luan, zagueiro, já foi citado como alternativa no meio de campo, setor que conta atualmente com Zé Rafael em uma função mais defensiva.

Bruno Tabata, surpresa na equipe titular contra o São Bernardo no lugar de Endrick, tem treinado até como segundo volante para caso de necessidade.

O que também dá suporte ao grupo profissional é o trabalho com os jovens da base, como são os casos atualmente de Giovani e Fabinho, que entraram no segundo tempo contra o São Bernardo. Além deles, campeões da Copinha nos últimos anos estão integrados ao plantel.

Outro ponto que já foi motivo de elogios público de Abel Ferreira é a participação do Núcleo de Saúde e Performance. Se o Verdão diminuiu o ritmo de contratações, o clube tem investido na área de saúde, tanto em profissionais como em equipamentos.

Todo o protocolo de recuperação e avaliação das condições físicas dos jogadores é compartilhado com a comissão técnica, que centraliza esta área em João Martins. Os dados do Núcleo de Saúde têm influência direta nas tomadas de decisões de Abel.

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