Abel Ferreira detona atitude de treinadores no Brasil e polemiza: “Até o Guardiola foge”

Treinador ainda falou sobre a mudança de postura da equipe no decorrer do jogo

Crédito: Cesar Greco / Palmeiras

Crédito: Cesar Greco / Palmeiras

Nesta quinta-feira (20), o Palmeiras derrotou o Cerro Porteño e conseguiu o triunfo pela primeira vez na Copa Libertadores. Em um jogo complicada, o Verdão saiu atrás do placar, mas na segunda etapa, Gustavo Gomez e Rafael Navarro garantiram a virada do Alviverde.

Após a partida, Abel Ferreira se mostrou aliviado e citou as mudanças que realizou até conseguir o resultado positivo. Ele disse que pediu mais tranquilidade ao time e que se sentiu como eles, pois já atuou como jogador.

“Não vivo do “se”, mas se estivéssemos perdidos não seria o fim do mundo, ia complicar mais o grupo. Pedi a eles mais calma, já fui jogador e sei que ninguém entra para jogar mal. Se igualarmos o competitivo dos nossos rivais, estamos mais pertos de vencer porque temos qualidade. Se ficarmos esperando não vai resolver. O nosso adversário correu muito na primeira etapa, a marcação encaixou bem e tivemos menos criativos, mas mais por méritos do nosso adversário”, destacou.

Sobre as mudanças feitas na etapa final, Abel disse que fez na hora exata, principalmente quando colocou Artur em campo. Destacando a dinâmica que o meia apresentou nos minutos que jogou. Ele ainda celebrou que o segundo gol tenha saído nos pés de Navarro.

“A troca do Ríos pelo Menino foi troca por troca, não houve tática. O que mudamos foi o Dudu pelo Artur, a equipe respondeu bem e quando o jogo começa a pedir outras características de jogo, não era um jogo para o López, sinto que ele se sente mais à vontade e o Jhon Jhon também estava desgastado. Agora é fácil falar, mas as o. Fico feliz pela evolução e recuperação dos nossos centroavantes, fico feliz por ter sido o Navarro o autor do gol da vitória”. comemorou o técnico.

Por fim, Abel falou sobre as recentes troca de treinadores no Brasileirão. Ele se mostrou incomodado com parte da imprensa e pediu tempo para que os técnicos apresentem o seu trabalho. Nos últimos dias, Fernando Lazaro, do Corinthians, e Rogério Ceni, do São Paulo, deixaram os seus clubes.

“Querem jogos intensos, qualidade de jogo, que as equipes façam 6, 7 gols. O que eu pedi para a minha diretoria foram pelo menos 3 dias para ter um descanso completo, mas não é assim que funciona, vamos continuar subindo a montanha. O que vai acontecer a seguir não interessa, porque vocês não querem saber. O treinador é despedido, alguém perguntou ao Lázaro se tinha tempo para treinar, recuperar os jogadores. Alguém quer saber? Vocês metem pressão na diretoria, quem despede os treinadores são vocês, influenciam as diretorias”

“O que vocês tem que fazer: durante os últimos 10 anos, quais foram as equipes que trocaram o treinador e, pela probabilidade, viraram os resultados, chegaram na final. Não há milagres. Nós estávamos falando com nossos assistentes brasileiros que já foram dois portugueses (António Oliveira e Vítor Pereira) e dois brasileiros (Guto Ferreira e Fernando Lázaro), está 2 a 2. Com a quantidade de jogos que há, as pessoas esperam o quê? Querem que ganhem todos, que ganhe o Palmeiras, o São Paulo, o Corinthians, o Flamengo… só um pode ganhar. Até o Guardiola foge do Brasil. Só um pode ganhar, e as pessoas não conseguem entender isso”

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