Neste domingo (23), o Palmeiras visita o Vasco, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro. Para a partida, o técnico Abel Ferreira conta com o retorno do zagueiro Murilo, que desfalcou o Alviverde por suspensão no compromisso do meio de semana pela CONMEBOL Libertadores, mas deve formar a dupla de defesa com Gustavo Gómez no Rio de Janeiro.
Desde que foi contratado pelo Verdão do Lokomotiv Moscou, no início de 2022, Murilo ganhou a posição de Luan e se tornou titular da equipe palestrina. 72 jogos, 13 gols, 2 assistências e 5 títulos depois, o defensor, que ganhou a Bola de Prata ESPN Sportingbet no último Brasileirão, hoje é um dos principais destaques do elenco de Abel.
Além da fortaleza na zaga e dos importantes gols que faz quando vai ao ataque, o baiano de 26 anos também é conhecido por ser uma "figuraça". Fã de viagens pelo mundo, de livros e até de meditação, Murilo ainda se destaca no plantel palmeirense por ser um "ícone fashion", chamando a atenção nas redes sociais com suas roupas - e deixando todos impressionados com seu perfume "secreto".
"Cara, todo mundo fala do meu perfume, é incrível. Quando eu chego perto, todo mundo já pergunta", admitiu o zagueiro, em entrevista ao Tudo (menos futebol), programa de entrevistas da ESPN em que os jogadores falam sobre tudo (menos futebol).
Em divertida conversa com a reportagem, o atleta relembrou divertidas histórias de sua infância no interior da Bahia, relembrou o frio monstruoso que passou nos tempos em que morou na Rússia, explicou sua admiração pelo craque do basquete LeBron James e contou os livros que está lendo e as séries que está assistindo na TV.
Murilo ainda respondeu perguntas completamente aleatórias enviadas pelos fãs de esporte, como seus sabores favoritos de suco ou se dorme com luz acesa ou apagada.
ESPN: Vou começar perguntando para você um pouco da sua infância. Você nasceu em São Gonçalo dos Campos, no interior da Bahia. Como foi a sua infância? Você era um, como dizia minha avó, um moleque atentado, ou era mais tranquilo, era de boa? Conte um pouco sobre o jovem Murilo.
Murilo: Então, eu era bem é atentado, viu... A gente até usa também (na Bahia) essa fala, né, de atentado, quando o moleque é bem pra frente mesmo, e aí faz tudo ali de confusão, faz um tanto de coisa. Mas eu passei a minha infância lá também, aprontei bastante. Meu pai e minha mãe sofreram bastante comigo. Eu era um molequinho também muito nervoso e gostava de confusão, brigava um pouquinho também. Mas graças a Deus eu pude melhorar isso, já estou bem mais tranquilo também. Pode ver nos campos aí, sempre quando eu estou jogando eu estou bem calmo.
ESPN: Qual foi a pior confusão que seus pais tiveram que apartar?
Murilo: Cara, teve uma vez que eu estava na pelada e eu só jogava com o pessoal maior, eu tinha 8, 9, 10 anos e eu estava já jogando com um pessoal de 14, 15, 16. E teve uma vez que eu estava lá jogando, e meu pai costumava aparecer lá do nada. Ele trabalhava na loja de peças dele lá, de moto, e eu ia jogar bola. Então eu sempre brigava na pelada, sempre muito... Querendo ganhar todas ali e, quando perdia, sempre aprontava. E, nesse dia, eu acabei brigando com um moleque lá e, quando eu já estava quase saindo no soco com ele, já estava botando a base ali, meu pai apareceu. Foi um clima muito ruim ali, que ele me proibiu de ir... "Ah, então você tá indo pra isso, não é pra jogar bola não, é pra ficar brigando". Aí ele meio que deu um esporro lá em mim e eu melhorei esse lado.
ESPN: Mas você ia ganhar a briga?
Murilo: Ah, não sei, viu, o cara era...
ESPN: O cara era grande, né?
Murilo: Eu era pequeno ainda, eu cresci depois dos 15, 16 anos. Mas antes eu era bem pequenininho, magrelinho, aí eu apanhava na maioria das vezes.
ESPN: Você falou do seu pai, eu vi nas suas redes sociais que você é muito ligado aos seus pais. O que eles faziam quando você era pequeno? Seu pai tinha uma loja de peças de moto?
Murilo: Isso, ele tinha loja de peça de moto, que era como sustentava toda a família. Minha mãe parou de trabalhar e dava meio que uma assistência a ele lá. Então ele fazia lá as trocas... A moto chegava, ele fazia lá os procedimentos e ela ficava no caixa, resolvia algumas coisas. E teve o passar do tempo, ela até aprendeu a fazer algumas coisas também e fazia também, junto com ele.
ESPN: Você chegou a dar uma força lá?
Murilo: Essa história aí é até engraçada. Ele me chamou... Meu irmão trabalhava com ele, meu irmão mais velho, aí ele botava meu irmão lá e ele tirava o couro do meu irmão, meu irmão trabalhando todos os dias e tal. E quando ele me chamou... Eu sempre gostei de futebol, desde criancinha. Inclusive, eu entrei na escolinha com cinco anos. E quando ele me chamou para trabalhar lá eu falei com ele: "Eu posso trabalhar, mas o senhor vai ter que me dar R$ 1 por dia!". Aí eu já fui já visionário, negociante ali, combinei com ele R$ 1 por dia de trabalho. Só que acabou que ele nem me deu R$ 1... Ele era mais negociante ainda, virou e falou: "Tem um pneu aqui, cada pneu de moto que você encher é R$ 0,25 pra você". Aí eu fiquei com essa minha parte aí, de R$ 0,25, cada pneu que eu enchesse ali eram R$ 0,25...
ESPN: Digamos que você aprendeu a maior lição de negócios nessa época, né?
Murilo: Ah sim, aprendi já ali (risos).
ESPN: E na escola, você curtia ir ou achava chato pra caramba? Era da turma do fundão, da bagunça, como é que era?
Murilo: Escola sempre foi complicado pra mim. É até ruim de falar assim, porque eu quero passar esse exemplo. Hoje eu vejo o quão fundamental é, em questão de tudo, para um profissional, para a pessoa, num modo geral, não só para um jogador. Mas eu sempre fui ali da bagunça, do fundão ali, de meter a várzea. Eu fui um bom aluno, pegava as coisas muito fáceis, mas até a 5ª série. Depois, chegou a 6ª série, começou a complicar. Aí, em vez de entrar para a sala, eu ia para o estádio ali, e eu ia para a quadra de futsal e ia jogar bola. Tem até uma história também disso (risos). Eu falava com a minha mãe que eu ia para a sala de aula e ia para a quadra. Só que ela percebeu que meu tênis estava abrindo inteiro. Estava dando a maior abertura ali na frente, aí ela: "Está estranho isso aí, que sala de aula é essa?". Até que uma mulher que trabalhava na limpeza geral lá da escola e morava perto da nossa casa, era meio que amiga da minha mãe, próxima ali, via todo dia e tal, ela pegou e falou tudo pra minha mãe. Minha mãe ficou bolada demais, e aí eu tive que melhorar (risos).
ESPN: Pego no flagra!
Murilo: É... (risos).
ESPN: Você saiu muito jovem de casa para ir para o Cruzeiro. Foi com quantos anos mais ou menos?
Murilo: Para o Cruzeiro foi com 12 anos.
ESPN: Com 12 anos! E quem te acompanhou na época, quem foi com você? Ou você foi sozinho?
Murilo: Fui sozinho!
ESPN: Nem imagino como é! Eu saí de casa com 17 e já foi duro pra mim, imagina sair de casa com 12. Como foi se separar tão cedo dos pais?
Murilo: Então, foi bem difícil... Acredito que a maior dificuldade para mim durante todo esse período ali, de ser tão jovem, e você já sair de casa assim. E a minha primeira saída de casa foi com 8 anos, mas foi para ficar 15 dias disputando um campeonato em Sergipe e eu já voltei. Aí eu estava grandão, "Ah saí de casa, tal, não sei o quê", beleza... Com 10 anos de idade, aí eu fui pro Vasco, para o Rio de Janeiro, e fui sozinho já. Aí essa experiência foi que foi f*** para mim, porque eu passei lá dois meses, e foi minha mãe chorando de São Gonçalo e eu chorando do Rio de Janeiro. Então foi um momento muito difícil pra mim. Eu tive que voltar para São Gonçalo e ter toda a noção do que eu queria de fato ali para mim, e depois de um ano eu consegui ter uma... Eu amadureci de verdade ali, onde eu sabia o que eu queria para mim de fato. E como eu fui para o Cruzeiro com 12 anos, ali eu já fui com a cabeça melhor, com um pensamento melhor ali para mim, e eu não tive dificuldade quanto a distância, e sim entrar lá e querer dar meu melhor, e poder dar uma vida melhor para minha família.E esse foi sempre meu pensamento, desde o primeiro minuto que eu entrei lá na doca. E sempre foi esse pensamento, de dar uma vida melhor para minha família.
ESPN: Do Cruzeiro você é vendido para o Lokomotiv Moscou. Como que era a sua vida na Rússia, você curtia, achava legal morar em Moscou?
Murilo: Cara, no começo foi muito difícil... De verdade, no começo, no meu primeiro ano, eu ligava pro meu empresário todo final de jogo. Em especial um, que estava fazendo -15º C, com sensação de -20º C e pouco. Eu liguei para ele e falei: "Me tira daqui agora, pelo amor de Deus" (risos). Aí ele me acalmou, me deixou tranquilo. Mas, no primeiro ano, foi surreal, foi uma dificuldade muito grande de língua. Eu tinha até meu tradutor lá, especial, em particular, comigo, mas era muito difícil toda a situação, no geral. Pela cultura, pela forma que eles tratam quem está chegando, é muito difícil isso. Mas no meu segundo ano já foi muito melhor. Eu pude melhorar dentro e fora de campo. Estava tentando aprender também o inglês, o russo é muito difícil, eu já sabia ali me virar um pouco, bem o básico. Então no segundo ano foi bem melhor. Mas eu passei muitas dificuldades lá, no geral, dentro de campo e fora de campo, questão de aceitação, foi muito difícil. Mas, graças a Deus, foi um aprendizado muito bom, que eu carrego comigo até hoje, tudo isso me moldou muito, me fez um cara muito melhor e um cara também bem mais forte, que aguenta muitas coisas hoje e está sempre preparado para o que pode acontecer. Lá foi uma dificuldade muito grande para mim.
ESPN: Você teve vários colegas que falavam português ou espanhol no Lokomotiv. Teve o Farfán, o João Mario, o Éder, depois teve o Pablo, zagueiro, e o Guilherme, goleiro, que é naturalizado russo, mas é brasileiro também. Você ficava mais com eles ou deu para fazer amizade com os russos? Ou os russos nem se misturam?
Murilo: Exatamente. Então, no primeiro ano foi bem difícil falar lá com os russos, até porque eu não sabia russo também, e eles não faziam muita questão. Eles são bem entre eles mesmo ali, eles já são apegados neles e não tem esse costume já de chegar alguém novo e eles interagirem. E eu conversava sempre com o João, com o Guilherme, com o Éder. O Éder é meu irmãozão, ele me ajudou muito nesse período que eu estava lá, ele foi o que mais me ajudou. E depois, no segundo ano, sim, eu consegui mais um contato mais próximo com os russos, com quem eu falava em inglês também. Mas bem básico, não era muita coisa, não. Eu sempre convivi mais com o pessoal que falava português, mesmo.
ESPN: O que você ainda sabe falar de russo?
Murilo: Então, tem o "Privet! Kak dela?" (??????! ??? ?????), é quando você chega e cumprimenta alguém. Você está ligado, né?
ESPN: É o que eu sei falar também de russo também...
Murilo: Dentro do campo eu me virava também, "leva" (?????), "sprava" (??????)... Isso aí é direita, esquerda, quando tá sozinho, quanto tem alguém... Tem uns xingamentos também, que a gente aprende.
ESPN: Sempre, né? Esses é melhor a gente não falar...
Murilo: Melhor (risos). Mas isso aí é a primeira coisa que a gente aprende lá. Deixa eu ver o que tem mais, cara... No segundo ano eu peguei bastante coisa, é claro que a gente vai esquecendo, eu já tenho quase um ano e meio aqui no Brasil de novo e não vai usando, a gente acaba esquecendo. Mas no segundo ano eu já estava conversando bastante.
ESPN: Eu vi nas suas redes sociais também que você é um cara que curte muito viajar. Tem fotos suas em Paris, Fernando de Noronha, nas Maldivas, no Oriente Médio... Qual que foi a sua viagem favorita na vida, que você não esquece jamais? E quando você pensa assim, 'vou fazer uma viagem", o que te motiva mais? O que você curte ver?
Murilo: Então, acho que todas, cara. De verdade, todas as viagens que eu faço, todas têm uma historiazinha especial. Por exemplo: fui para Paris, perdi minha carteira, perdi meu cartão (risos)... Então essas coisinhas assim que a gente nunca vai esquecer. Mas, graças a Deus, eu bloqueei logo, não perdi nada.
ESPN: Hoje dá risada, mas no dia...
Murilo: Exatamente! A gente tem essa história para contar (risos). Por isso que eu falo que todas são especiais, cada um teve seu lado muito importante, e a gente pode se divertir bastante. Em Paris, estava toda a minha família, em Dubai e Maldivas estávamos só eu e minha mulher, em Noronha também. Então foi um momento especial que eu sempre quis. Eu sempre busquei isso também. A gente trabalha também para depois, quando tem esses momentos de férias assim a gente aproveitar ao máximo.
ESPN: E eu sei que o fim do ano está longe ainda, deve ter uns 50 jogos para fazer esse ano ainda, mas qual que é o plano já para o fim do ano agora?
Murilo: Eu estava querendo muito Estados Unidos, mas eu tenho que tirar o visto americano, e é bem chato. Aí eu e minha mulher estamos pensando em Tailândia, que é longe pra caramba, a gente queria conhecer, e estamos querendo já de Tailândia pular para Tóquio, não sei se é muito perto... Mas alguma coisa assim. Japão deve ser fera. Eu já fui à Coreia do Sul, mas só jogar. Acho que Tóquio deve ser bem diferente.
ESPN: Quando você viaja, tira foto sempre nos trinques! Suas roupas são muito chiques. Você curte moda, procurar roupas, etc.? Alguém te dá uns toques ou é você mesmo que escolhe?
Murilo: Não, sou eu mesmo! Eu gosto muito, tenho sempre isso comigo, de poder me vestir bem. Eu sou muito vaidoso, minha mulher ainda chegou e me deixou mais vaidoso ainda (risos). E eu sempre gostei de moda. Deus me abençoou de colocar um amigo particular aqui, ele faz roupa, ele é muito estiloso e também me ajuda. Então, juntou o útil ao agradável: ele sempre vai fazendo umas roupas personalizadas para mim que eu peço, que eu mando pra ele. E eu gosto muito de me vestir bem, de me sentir bem, eu acho que isso é fundamental ali para a pessoa estar sempre bem.
ESPN: Você se define mais com o estilo Raphael Veiga ou com o estilo Rony?
Murilo: (Risos) Eu acho que é mais um estilo meu mesmo... Acho que nem um, nem outro. O Rony é mais rústico e eu acho que meu estilo é mais minha cara mesmo, de poder vestir o que vem na minha mente, eu sempre faço isso. Não sou daqueles de escolher o look. Eu vou ali, olho ali e falo: "Pronto, esse daqui vai ficar bom". E eu gosto assim!
ESPN: Você esteve recentemente na redação da ESPN e umas oito pessoas me pediram para perguntar isso: "Murilo, o seu perfume é demais. Qual a marca que você usa?"
Murilo: Cara, todo mundo fala do meu perfume, é incrível (risos). Quando eu chego perto todo mundo já pergunta. E é uma coisa que eu não falo, cara. Desculpa, mas...
ESPN: É segredo total?
Murilo: Eu não falo (risos). Eu uso três perfumes e vou sempre variando. O pessoal não deve saber o cheiro porque o perfume de hoje deve misturar com o de amanhã e deve dar um cheiro bom. Entendeu (risos)?
ESPN: Falando um pouco de lazer, tempo livre, que que você curte fazer?
Murilo: Hoje eu estou numa vibe bem diferente. Antes eu gostava muito de, quando eu não estou treinando, quando eu não estou jogando, eu gostava de ficar jogando games, de ficar no celular. Hoje eu estou bem diferente, estou um cara mais culto. Eu estou um cara que tá gostando de abrir bastante a mente, então eu estou lendo, estou meditando, estou com novas ideias para mim nesse 2023, e eu estou curtindo muito. Estou sempre lendo, estou obcecado por livros, estou gostando bastante.
ESPN: O que você anda lendo?
Murilo: Então, eu li recentemente "Ultracorajoso: Verdades incontestáveis para alcançar a alta performance profissional", do Joel Jota. Você conhece o Jota?
ESPN: Não conheço! Conte mais.
Murilo: "Ultracorajoso", "100% Presente" e "O milagre da manhã", esses três eu já li. Estou lendo um do Deive Leonardo, que esqueci o nome agora. E também estou lendo "Hábitos atômicos: Um método fácil e comprovado de criar bons hábitos e se livrar dos maus", do James Clear. É porque eu leio na parte da manhã, da tarde e à noite.
ESPN: E você curte filmes, séries?
Murilo: Eu gosto bastante de séries, gosto de ir ao cinema também. Eu gosto mais de filme de ação, gosto de documentário. Uns documentários que o pessoal me indica eu sempre gosto de assistir também.
ESPN: Viu "John Wick 4" no cinema?
Murilo: Eu vi. Top. Sinistro. Muito legal!
ESPN: E série, qual a última que você viu?
Murilo: "O agente noturno". Está na Netflix. Gostei muito também!
ESPN: Eu estou vendo agora uma chamada "A hora do diabo". Você gosta de suspense?
Murilo: Sim, estou até para ver agora no cinema aquele "O exorcista do Papa", é um filme de terror que parece fera!
ESPN: Parece macabro! Eu vi o trailer.
Murilo: É esse mesmo! Eu vi o trailer e falei: "Esse eu vou ter que ver, mano!" (risos)
ESPN: Você falou há pouco de games. Você curte bastante eSports, né? O que você gosta de jogar?
Murilo: Eu curto muito! Eu tenho até um time de eSports também. Estou no ramo do game, eu e meu irmão. A gente está no Free Fire, no emulador, mas a gente já vem entrando já no GTA, já está quase tudo pronto, GTA RP, que é um jogo que eu gosto muito de jogar. Principalmente esse agora que eu estou jogando, que eu estou mais jogando. FIFA não estou nem jogando tanto, estou jogando mais o RP. Então ele já está fazendo isso, a gente está lá no Free Fire, emulador, a gente já vai entrar agora no RP e também a gente vai entrar no CS Go. E jogar, estou só jogando o GTA RP.
ESPN: O time que você fundou é com o Danilo, que era do Palmeiras, e com o Endrick também, né?
Murilo: Isso, isso. Eles são os sócios.
ESPN: Como foi essa ideia?
Murilo: Eu criei esse time em 2020, quando eu estava na Rússia ainda. Aí quando eu vim pra cá, no começo do ano, e eles viram uma postagem minha... Eles já gostam pra caramba também. Eles viram e pediram para mim. Falaram: "E aí, Murilo, como é que é para a gente entrar, pra gente virar sócio e tal?". A gente conversou, alinhou um monte de coisa e juntou. Como a gente é amigo pra caramba e nos damos muito bem, juntamos isso aí tudo e viramos sócios.
ESPN: E outros esportes, você gosta? Futebol americano, basquete...
Murilo: Curto demais! basquete eu sempre vejo jogos aqui também. Tenho até uma foto aqui do LeBron James em casa, grandona.
ESPN: E quem que vai ganhar os playoffs da NBA esse ano?
Murilo: Ah, cara, não sei, viu. Essa é difícil. Não sei, não... Quem você acha que ganha?
ESPN: Vou torcer para o Sacramento Kings, mas tem os favoritos de sempre, né? E o LeBron, quando ele ativa o modo playoffs dele...
Murilo: Ele é brabo!
ESPN: O LeBron é sua grande inspiração como atleta?
Murilo: Eu sempre o acompanhei muito e, como te falei, em 2023 eu quis melhorar, eu quis dar um salto na minha vida pessoal e na profissional também. E eu acompanhando muito ele, com o pensamento que eu tenho hoje, eu vi que ele é muito fora de série não é à toa. É por tudo que ele faz, é pelo profissional que ele é, pelas coisas que ele vem buscando. Ele medita dentro de um estádio lotado, ele dá uma fechada de olho aqui e ele consegue concentrar, e eu já vi vários vídeos dele ali que tocou em mim, sabe? Eu vi ali o diferencial dele nessas coisas básicas assim, que fazem total diferença. Teve uma vez que ele estava fazendo cesta pra caramba, ele ainda quis concentrar pra fazer mais. Eu olhava e pensava: "Não é possível!".
ESPN: Ele é um cara que, além da habilidade atlética, também tem uma parte mental muito forte. Acho que faz a diferença na hora do aperto, né?
Murilo: Sim! Óbvio que faz!
ESPN: E música, o que você curte?
Murilo: Cara, música eu curto de tudo, velho! Eu estou curtindo brega, funk, do nada um arrocha, e aí vai pra um rap... Curto de tudo, tudo, tudo! Internacional, rap internacional, gosto de tudo. De pagode, romântico, samba, de tudo (risos).
ESPN: Murilo, eu pedi para o pessoal mandar pelas redes sociais algumas sugestões de perguntas totalmente aleatórias. Vamos agora com elas! Você prefere cachorro ou gato?
Murilo: Cachorro.
ESPN: Você tem cachorro?
Murilo: Tenho um Golden, o Scott.
ESPN: Você gosta de levá-lo para passear?
Murilo: Então, ele fica mais com a minha mãe... Minha mãe o roubou de mim (risos). Ela é apegada demais nele.
ESPN: Murilo, qual o melhor lugar para viver depois de parar: São Gonçalo, Salvador, Belo Horizonte ou São Paulo?
Murilo: Cara, vou viver ali meio que em todos os lugares, se eu conseguir. São Gonçalo, Salvador e São Paulo. Eu gosto desses três!
ESPN: Em casa, você fica descalço, de meia ou de chinelo?
Murilo: Descalço, o tempo todo descalço (risos). Às vezes eu coloco um chinelo também, mas eu acho que é mais descalço.
ESPN: Você dorme com a luz acesa ou apagada?
Murilo: Apagada. Tudo apagado, blackout (risos).
ESPN: Como você conheceu a Bruna?
Murilo: A gente se conheceu no restaurante, aqui em São Paulo mesmo. Foi até em janeiro (de 2022), quando eu acabei de chegar (ao Brasil), dia 31 de janeiro. Eu saí pra ir no restaurante, a gente estava lá e teve a conversa ali, e a partir dali foi pro abraço (risos)...
ESPN: Foi amor à primeira vista, então?
Murilo: À primeira vista (risos).
ESPN: E como você iniciou a conversa com ela? Modo mais clássico ou mais ousado?
Murilo: Eu cheguei tranquilo, cara (risos). Sou um cara bem tímido, então eu cheguei bem tranquilo. Eu a convidei para sentar na mesa, a gente foi conversando e fluiu naturalmente.
ESPN: Recebi muitas perguntas sobre culinária. A primeira: estrogonofe russo ou brasileiro?
Murilo: Brasileiro.
ESPN: O russo é bom, mas o brasileiro não tem igual, né?
Murilo: Não tem!
ESPN: Qual sabor de suco que você mais gosta?
Murilo: Uva e limão. Maracujá também. Gosto desses três, cara (risos).
ESPN: Você gosta de açaí ou acha que tem gosto de terra?
Murilo: Gosto muito de açaí, mas não o do Rony, só o daqui, mesmo.
ESPN: O do Rony é o açaí do Pará, né? Você gosta mais do açaí que se faz aqui em São Paulo, certo?
Murilo: Cara, o açaí do Rony é horrível, meu irmão! O açaí paulista é gostoso demais, eu tomo toda tarde. Mas o do Rony não dá, não (risos).
ESPN: Acarajé quente ou frio?
Murilo: Acarajé quente, cheio de pimenta (risos)!
ESPN: Daquele jeito!
Murilo: Daquele jeito (risos)!
ESPN: E qual é o melhor lugar para comer comida baiana aqui em São Paulo? Recomende.
Murilo: Sendo bem sincero, aqui em São Paulo eu não sei. Não fui em nenhum ainda.
ESPN: Até porque igual a comida da mamãe não vai ter, né?
Murilo: Ah, não... E comida de "mainha" sempre tem aqui, pô. Sempre quando ela vem aqui eu falo: "Dá essa moral" (risos). Mas de restaurante, não fui em nenhum de comida baiana ainda.
ESPN: Na churrasqueira, você comanda ou só assiste?
Murilo: Ah, só assisto. Eu já venho cansado do treino, do jogo, vou comandar a churrasqueira? Não dá (risos).
ESPN: Algum time brasileiro um dia voltará a ganhar o Major de CS?
Murilo: Ah, cara, não sei... Eu acho que sim né? Tomara!
ESPN: Quem sabe o seu time de eSports?
Murilo: É isso! Strong vai entrar e vai ganhar, com fé em Deus (risos).
ESPN: A última: qual profissão você gostaria de seguir se não fosse jogador de futebol?
Murilo: Empreendedor.
ESPN: E qual seria o seu negócio?
Murilo: Cara, eu sou eclético também, viu? Não só na música, mas no ramo ali também (risos). Eu gosto de mexer em várias coisas.
ESPN: Você ia ter uma loja de peça de moto também, e ia ensinar pro seu filho que cada pneu que ele enchesse ele ia ganhar R$ 0,25?
Murilo: Não, não, não (risos). Eu ia ser mais bonzinho com ele. Ia mandar ele ficar no ali no caixa (risos).
Vasco (F) - domingo (23/04), 16h (de Brasília) - Brasileirão
Tombense (F) - quarta-feira (26/04), 20h (de Brasília) - Copa do Brasil
Corinthians (C) - sábado (29/04), 18h30 (de Brasília) - Brasileirão
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