Presidente do Palmeiras desde janeiro de 2022, Leila Pereira passa pelo momento de maior turbulência no comando do clube e deve enfrentar pressão até então inédita em sua gestão na reunião do Conselho Deliberativo, que acontecerá nesta segunda-feira (23), marcada para 18h.
A ESPN apurou que conselheiros tidos como oposição a Leila pedirão a palavra durante o encontro para confrontar algumas atitudes recentes da mandatária. A empresária, por sinal, provavelmente estará presente na sessão presidida por Alcyr Ramos, presidente do Conselho Deliberativo eleito em março deste ano e que recebeu o apoio de Leila.
Os temas que mais incomodam uma parte interna do Palmeiras têm ligação com algumas medidas da presidente contra nomes da oposição, como corte de ingressos a determinados nomes, além de possíveis conflitos de interesse da empresária, que também é dona da Crefisa e da FAM, patrocinadoras principais do Alviverde.
Entretanto, a coletiva de imprensa realizada no último dia 12 de outubro parece ter sida a “gota d’água” para um número considerável de conselheiros , tanto da oposição quanto da situação. A reportagem apurou que as falas polêmicas da presidente durante a “entrevista bomba” caíram mal entre os conselheiros, que se sentiram ofendidos com a postura de Leila.
Para piorar, dentro de campo, o Palmeiras foi eliminado na semifinal da CONMEBOL Libertadores e emendou a pior série negativa da "Era Abel Ferreira", iniciada em novembro de 2020.
Não é apenas no clube social que Leila será confrontada. Do lado de fora também haverá protestos. A Mancha Alviverde , que rompeu relações com a presidente e tem feito manifestações constantes contrárias à mandatária, realizou uma convocação-geral para segunda-feira (23), que acontecerá em frente à sede do Palmeiras.
Sob a ótica da situação, o cenário é avaliado como bem menos tenso. A ESPN apurou que Leila Pereira entende que as manifestações e reclamações são “desproporcionais” e partem de uma minoria existente.
No entendimento da direção atual, existe uma tentativa por parte de conselheiros de oposição em superdimensionar o estado de insatisfação e gerar uma crise geral contra Leila, visando um suposto ganho de força na eleição para presidente que acontecerá em 2024.
A situação entende que houve, de fato, uma queda de rendimento do time em campo, mas mantém um olhar de “copo meio cheio” ao destacar uma quarta classificação seguida para a semifinal de Libertadores, além do sucesso mantido na base e no futebol feminino.
É neste cenário que o Palmeiras tenta projetar a próxima temporada. Nos próximos meses, a tendência é que o clube tenha uma postura mais agressiva no mercado de transferências e monte um elenco mais recheado e competitivo para Abel Ferreira.
Apesar de contar com uma força política considerável, Leila Pereira deverá enfrentar uma oposição mais organizada e unida no próximo ano. Neste momento, os adversários de Leila estão “fragmentados” em pequenos grupos, mas é sabido que estas pessoas tentarão chegar a um acordo para apontar um nome como possível candidato à disputa do pleito contra a atual presidente.
O cenário de 2024 será bem diferente em relação ao de 2021. Na oportunidade, Leila Pereira assumiu o comando do clube sem sequer existir um concorrente. Agora, com toda a turbulência política, a fase instável dentro de campo e a revolta de torcedores, não há dúvidas de que a dirigente terá um desafio muito maior na busca pela reeleição.
São Paulo (C): 25/10, 20h (de Brasília) - Brasileirão
Bahia (C): 28/10, 19h (de Brasília) - Brasileirão
Botafogo (F) 01/11, 21h30 (de Brasília) - Brasileirão
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