Em entrevista ao Mundo Deportivo , o cartola palmeirense detalhou como promove aos atletas da base desafios que vão muito além do futebol de campo. É comum ver crianças e adolescentes do Verdão atuando em campos de barro ou indo até mesmo às favelas de São Paulo para jogarem futebol de rua.

“Uma vez por semana, as crianças de 10 a 15 anos treinam no campo de terra. Os treinadores ficam à margem e são eles que fazem os times e naquele dia é sobre eles driblarem, ousar fazer coisas diferentes. Ali, eles devem jogar como jogam na rua”, iniciou João Paulo.

“Agora, as crianças, entre a insegurança nas ruas e os telefones e o videogame, não costumam brincar nas ruas, nem os pais brincam com elas lá, e essa faceta do jogador brasileiro estava se perdendo, então decidimos que jogariam como na rua, mas aqui, no CT”.

A ideia básica do Palmeiras é formar atletas que saibam improvisar em campo, que tenham o drible como recurso, algo costumeiro do jogador de futebol brasileiro nas últimas décadas. Além disso, a ida desses garotos às favelas ajuda o clube paulista a descobrirem novos talentos nas comunidades.

“Esse projeto já dura seis anos. Consiste em que todos os dias um time do Palmeiras, de 10 a 15 anos, vá treinar nas favelas. É para passar a bola. Tem também uma componente social, para sensibilizar as crianças para as necessidades dos outros como elas, e também nos ajuda a descobrir novos talentos na rua”, disse João Paulo.

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