As cinco mudanças táticas de Abel que explicam a arrancada do Palmeiras para o título

7/12/2023 13:43

As cinco mudanças táticas de Abel que explicam a arrancada do Palmeiras para o título

As cinco mudanças táticas de Abel que explicam a arrancada do Palmeiras para o título

No Campeonato Brasileiro mais doido de todos os tempos, deu um velho conhecido: o Palmeiras . O clube paulista defendeu o título e alcança a 12ª conquista de sua história, ampliando a vantagem como maior vencedor do Campeonato Brasileiro.

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A história do campeão é marcada por uma das maiores reações que o Brasileirão já viu . Ao término da 27º rodada, o Palmeiras perdia para o Atlético-MG em pleno Allianz Parque e amargava um jejum de 4 jogos sem vencer. Eram 14 pontos de distância para o então líder Botafogo.

É nesse momento que entra o protagonista do clube há mais de 3 anos: Abel Ferreira.

Abel Ferreira com a taça do Brasileirão 2023, conquistado pelo Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

Abel Ferreira com a taça do Brasileirão 2023, conquistado pelo Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

O treinador português juntou os cacos após a eliminação da Libertadores e mudou o esquema tático após perder Gabriel Menino. Deu lugar a Endrick, que pedia passagem. Colocou o contestado Breno Lopes no time. Mudou a posição de Veiga.

Nos 11 jogos restantes, o Palmeiras fez 26 de 33 pontos. Virou um jogo perdido contra o Botafogo, no Rio. Se tornou líder na 34ª rodada. Entenda em detalhes como Abel remontou o time em mais uma conquista:

1) Mudança de esquema após lesões e queda de Rony e Artur

O Palmeiras que fez ótimo primeiro semestre jogava num 4-2-3-1, com Dudu, Veiga e Artur formando uma linha de meias atrás de Rony. Artur foi o destaque da fase de grupos da Libertadores e se não fazia gols, Dudu se tornava cada vez mais importante na criação das jogadas.

Com grave lesão no joelho, Dudu ficou de fora da temporada e Abel viu o time cair de rendimento com Mayke como ponta-direito. Os dois empates contra o Boca Juniors já mostravam um desempenho em baixa, com Artur e Rony longe do que produziam. Para piorar, Gabriel Menino saiu lesionado no fatídico jogo contra o Atlético-MG.

É nesse momento que Abel surpreende e manda um time diferente contra o Coritiba: com três zagueiros, Richard Ríos de volante junto a Zé Rafael e uma dupla de atacantes com Breno Lopes, que vivia momento de briga com a torcida organizada do clube.

5-2-3: novo esquema do Palmeiras, com Veiga como falso nove — Foto: Reprodução

5-2-3: novo esquema do Palmeiras, com Veiga como falso nove — Foto: Reprodução

2) Raphael Veiga como falso-nove ao invés de meia

Um dos problemas do Palmeiras na má-fase era a criação de jogadas. Sem os passes de Dudu pela esquerda, o time dependia demais de Raphael Veiga. Ele precisava sair muito de perto do gol e buscar a bola lá atrás, o que não é seu forte. Com um zagueiro a mais, o Palmeiras abria mais o campo e explorava o potencial de bons passes de Murilo e Luan.

Dessa forma, Veiga não precisava buscar tanto a bola. Mudou de função: deixou de ser jogador de criação e passou a ser de conclusão. Virou um típico falso nove, ficando junto da dupla de ataque e recuando só quando o jogo estava no campo de ataque. Observe, na imagem, como ele espera mais a bola chegar até ele e ajuda o time a ocupar espaços na frente.

Raphael Veiga mudou de função na arrancada do Palmeiras — Foto: Reprodução

Raphael Veiga mudou de função na arrancada do Palmeiras — Foto: Reprodução

3) Endrick como segundo atacante, da direita pelo meio

Autor de seis gols no período, Endrick é o grande nome do Palmeiras campeão. Após testá-lo de ponta no Paulistão e deixá-lo na reserva (e ser critiado por isso), Abel encontrou no 5-2-3 o espaço perfeito para a jóia de 17 anos: como um segundo atacante, saindo do lado direito com liberdade para buscar a bola e alternar de posição com companheiros.

Das muitas jogadas e gols de Endrick, o tento marcado contra o Athletico é um exemplo desse novo ataque pensado por Abel: a bola chega para Veiga, que lança Endrick da direita para o gol. Sem precisar dobrar a marcação nos lados, Endrick ficava na frente e conseguia explorar as costas dos zagueiros adversários, assim como aproveitar oportunidades como o gol contra o Cruzeiro.

Endrick com Veiga e Breno Lopes: troca de posição e liberdade — Foto: Reprodução

Endrick com Veiga e Breno Lopes: troca de posição e liberdade — Foto: Reprodução

4) Amplitude com alas entrando na área

No antigo 4-2-3-1, os laterais do Palmeiras jogavam mais por dentro e quem abria o campo e fazia jogadas de fundo eram Dudu e Artur. Abel resolveu a falta de um e a queda de outro posicionando Mayke e Piqueréz como alas, jogando na mesma linha de Endrick e Lopes, como você vê na imagem. Em todos os ataques, o Palmeiras tinha ao menos duas opções de chegadas nos lados.

Um exemplo da importância dos alas são os três gols de Piqueréz na arrancada: um contra o Coritiba, dois contra o São Paulo. Uma chegada forte na frente com a proteção de ter Ríos e três beques lá atrás, fazendo o balanço defensivo do time.

Endrick jogou com mais espaço no 5-2-3 do Palmeiras — Foto: Reprodução

Endrick jogou com mais espaço no 5-2-3 do Palmeiras — Foto: Reprodução

5) Meio mais protegido com Breno Lopes como "operário"

Autor do gol do título da Libertadores de 2020, Breno Lopes vivia momento complicado no clube. Era colocado sempre por Abel, mas não correspondia. Ele deu a volta por cima e se tornou o grande operário do Palmeiras: era ele quem fechava o meio e protegia a marcação do time, que formava uma linha de cinco defensores atrás, para que Endrick ficasse na frente, pronto para puxar contra-ataque.

Além da marcação, Breno dava opção de velocidade: os dois gols na goleada contra o São Paulo e o tento contra o Fluminense, em jogada de contra-ataque, mostram a importância do jogador.

Breno Lopes fazia papel fundamental para Endrick ficar na frente — Foto: Reprodução

Breno Lopes fazia papel fundamental para Endrick ficar na frente — Foto: Reprodução

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