Quanto Palmeiras receberia da Crefisa/FAM se contrato fosse corrigido (e os motivos pelos quais ele não é)

19/1/2024 16:29

Quanto Palmeiras receberia da Crefisa/FAM se contrato fosse corrigido (e os motivos pelos quais ele não é)

Quanto Palmeiras receberia da Crefisa/FAM se contrato fosse corrigido (e os motivos pelos quais ele não é)

  • Daniel Bocatto, Francisco De Laurentiis e Thiago Cara
  • 19 de jan, 2024, 16:06
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  • O contrato de patrocínio da Crefisa e FAM com o Palmeiras , aberto por Leila Pereira ao UOL, não prevê qualquer reajuste ou correção nos pagamentos feitos ao clube desde o início de 2019, quando a parceria foi assinada – e posteriormente renovada, sob os mesmos termos e valores, em julho de 2021.

    No acerto, as empresas de Leila, agora também presidente alviverde, pagam ao clube R$ 81 milhões ao ano, divididos entre o patrocínio da Crefisa e o da FAM, marcas que estampam o uniforme palmeirense e também outras várias propriedades publicitárias da equipe. Os repasses são mensais.

    Segundo revelou o UOL, a cada dia 10, o Palmeiras recebe uma parcela de R$ 6,75 milhões, sendo R$ 6,25 milhões pelo patrocínio da Crefisa e R$ 500 mil da FAM.

    A ESPN projetou quais seriam os valores pagos pelas empresas em caso de correção monetária anual. Se as parcelas fossem corrigidas pelo IPCA, por exemplo, um dos índices que mede a inflação no país, hoje o Palmeiras poderia receber mais de R$ 107 milhões em 2024.

    Já se fosse corrigido pelo IGP-M, que é o índice usado para reajustar contratos de aluguel, por exemplo, o patrocínio seria ainda maior nesta temporada, próximo a R$ 130 milhões – e superando os R$ 123 milhões acertados pelo Corinthians com a Vaidebet por seu patrocínio máster.

    No contrato da Crefisa/FAM com o Palmeiras, inclusive, o IGP-M é o índice escolhido para reajustar o valor da multa a ser paga em caso de descumprimento dos termos acertados.

    Veja, ano a ano, quanto o Palmeiras receberia caso contrato com Crefisa/FAM fosse corrigido:

    Pelo IPCA

  • 2019: R$ 81 milhões/ano

  • 2020: R$ 84,5 milhões/ano

  • 2021: R$ 88,3 milhões/ano

  • 2022: R$ 97,2 milhões/ano

  • 2023: R$ 102,8 milhões/ano

  • 2024: R$ 107,5 milhões/ano

  • Pelo IGP-M

  • 2019: R$ 81 milhões/ano

  • 2020: R$ 86,9 milhões/ano

  • 2021: R$ 107 milhões/ano

  • 2022: R$ 126 milhões/ano

  • 2023: R$ 132,9 milhões/ano

  • 2024: R$ 128,7 milhões/ano (variação acumulada do indicador no ano anterior foi negativa)

  • Por que contrato do Palmeiras com Crefisa/FAM não tem correção?

    A ESPN também ouviu pessoas próximas a Maurício Galiotte, ex-presidente do Palmeiras e responsável pela assinatura do contrato com a Crefisa e FAM em 2019, para entender os motivos que fazem o contrato não prever correção monetária. Também foram ouvidos conselheiros que defendem o acordo.

    Uma das justificativas é que, na época, os valores pagos pelas empresas de Leila Pereira eram vistos como muito acima dos praticados no mercado, por isso passíveis da manutenção até 2024.

    Outra é que o cenário dos patrocínios também era diferente, sem a presença tão forte de empresas do ramo de apostas, segmento que hoje domina amplamente o mercado de investimento nos clubes.

    A reportagem procurou também o próprio Galiotte, que preferiu não se manifestar.

    Já a atual gestão, sob o comando da própria Leila Pereira, também entende que fez uma concessão importante que, na prática, poderia ser vista como uma "correção contratual".

    É que, quando assinado, o contrato previa que os R$ 81 milhões seriam pagos por absolutamente todas propriedades de patrocínio de uniformes do Palmeiras, o que incluía, por exemplo, o time feminino. Desde 2022, porém, Leila abriu mão da exclusividade na camisa das mulheres, o que permitiu que o clube incrementasse seu faturamento com parceiros, não se limitando ao pago pela Crefisa/FAM.

    Na ocasião, o Palmeiras passou a faturar cerca de R$ 15 milhões com exposição de Betfair, Cimed, Cartão de Todos, Pernambucanas e Allianz no uniforme da equipe feminina. Já para 2024, o valor deve subir a R$ 20 milhões com a Esportes da Sorte assumindo o espaço máster da camisa.

    Na comparação com o Corinthians , por exemplo, que foi citado por Leila em entrevistas recentes após questionamentos, a Vaidebet pagará R$ 123 milhões por temporada por exposição nas camisas tanto do time masculino, quanto feminino.


    2265 visitas - Fonte: espn

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