A recente partida entre São Paulo e Palmeiras trouxe à tona questões cruciais sobre a arbitragem no futebol brasileiro. O São Paulo se viu em uma situação delicada, com pelo menos um pênalti não marcado a seu favor e a omissão de um cartão vermelho. O que ocorreu no Morumbi vai muito além do que já se considera normal, mesmo em um contexto onde erros de arbitragem são comuns no Brasil. O termo "escândalo" se aplica, considerando que um pênalti não garante necessariamente um gol, mas, dadas as circunstâncias, é razoável afirmar que, sem esses erros, as chances de derrota do São Paulo seriam drasticamente reduzidas.
Refletindo sobre as declarações do técnico Hernán Crespo, é complicado acreditar em sua afirmação de que jamais testemunhou algo semelhante em 32 anos de carreira no futebol. Crespo jogou em momentos e lugares onde o jogo não contava com o mesmo nível de escrutínio que temos hoje, como o VAR. Por isso, seria inverossímil considerar a situação no último domingo a mais absurda de sua trajetória. É uma retórica que o desvia das verdadeiras dificuldades enfrentadas por sua equipe, especialmente em relação à adaptação às mudanças adotadas por Abel Ferreira no segundo tempo.
Falando em Abel Ferreira, é importante destacar o que ele não disse após a partida. O técnico do Palmeiras perdeu uma oportunidade valiosa de reconhecer o prejuízo do adversário, afirmando que os erros da arbitragem beneficiaram sua equipe. Um simples reconhecimento poderia ter sido um gesto de grandeza e contribuído para um debate mais saudável sobre a arbitragem e suas falhas. Ao invés disso, ele tentou justificar a dinâmica de um lance polêmico, se unindo ao coro de tentativas de desviar a conversa do assunto central.
As declarações de José Boto, dirigente do Flamengo, também merecem atenção. Após uma derrota em que sua equipe teve dois jogadores expulsos, ele preferiu discutir a arbitragem de uma partida distinta. Essa escolha é lamentável, especialmente pelo tom de superioridade implícito ao seu comentário sobre as arbitragens. Em vez de colaborar para a solução de um problema comum, as palavras dele reforçam um comportamento de pressão e acrimônia que não ajuda o futebol como um todo.
Ademais, a punição recente imposta aos árbitros levanta questões estruturais dentro da arbitragem brasileira. A suspensão de árbitros é apenas uma solução superficial, já que o sistema precisa de uma reforma mais ampla. A CBF mantêm o controle sobre a arbitragem e, enquanto os clubes continuarem a usar a reclamação como justificativa para suas equipes, a situação se perpetuará. A normalização da insatisfação tomou forma, e parece que estamos presos a um ciclo onde as mesmas queixas se repetem ano após ano, sem avanços reais.
549 visitas - Fonte: espn
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esse boca podre devia comentar 2gol do seu time contra od gambas era lateral pro gambas.e a boca podre.