Por Gabriela Chabatura
Valdir de Moraes, Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar, Ferrari; Dudu, Ademir da Guia, Julinho, Servílio, Tupãzinho e Rinaldo. Esta foi a escalação que o Palmeiras de 1965 levou ao Mineirão para representar a Seleção Brasileira diante do Uruguai. Para comemorar os 50 anos da partida histórica, o Alviverde vestiu amarelo, foi derrotado por um Cruzeiro pilhado de Vanderlei Luxemburgo e fez a torcida sentir saudades da “Primeira Academia”.
Marcelo Oliveira, que um dia jogou contra a Academia do Palmeiras, se lamentou por não ter nenhum daqueles gênios da década de 60 à disposição no banco de reserva. E não é para menos. Se o treinador já tinha dificuldades para arrumar um substituto para o volante Gabriel, ele viu o problema aumentar quando o atacante Barrios foi vetado pelos médicos às vésperas do jogo.
Amaral, escolhido para atuar ao lado de Arouca, não teve uma boa atuação e provocava um grande buraco no meio-de-campo. Robinho, que tinha a responsabilidade criar, mais uma vez decepcionou. O 4-2-3-1, desta vez, não funcionou.
A maior trapalhada, no entanto, foi a de Leandro Almeida. O zagueiro que conhece tão bem o Mineirão, foi facilmente driblado por Vinicíus Araújo no lance que ocasionou o primeiro gol do Cruzeiro. Imagina o que Djalma Dias não diria a ele…
É claro que Fernando Prass ainda salvou e evitou que o placar fosse mais elástico, principalmente, por defender o pênalti de Marinho. Cristaldo, que precisou de apenas 19 segundos para balançar as redes, também. Mas o Palmeiras – se quiser brigar pelo título – precisa se entregar mais e ter ambição pelo troféu.
Marcelo Oliveira sabe que precisa recuperar a confiança dos jogadores e tirá-los do comodismo (ou soberba) que as últimas apresentações causaram, se quiser vencer na próxima rodada. É hora de mudar a mentalidade – assim como Vanderlei Luxemburgo fez com eficiência neste domingo.
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