Palmeiras ganha corpo com Cleiton Xavier e vira o jogo; vídeos e análise

17/8/2015 07:29

Palmeiras ganha corpo com Cleiton Xavier e vira o jogo; vídeos e análise

Verdão termina com muito menos posse de bola e finalizações do que o Flamengo, mas vence graças à boa entrada do meia no lugar de Robinho

Palmeiras ganha corpo com Cleiton Xavier e vira o jogo; vídeos e análise

Aos 11 do segundo tempo, o Flamengo vencia por 2 a 1 e dava mostras de que poderia até golear. Catorze minutos depois, o Palmeiras já tinha virado para 4 a 2, placar que se manteve inalterado até o fim. Num jogo maluco, cheio de reviravoltas, como manda a tradição de Palmeiras x Flamengo, o Verdão interrompeu sua sequência de três derrotas em grande estilo.

Cabe agora a Marcelo Oliveira fazer com que seu time jogue mais como nos 35 minutos finais e menos como nos outros 55. O técnico admite que ainda não encontrou o meio-campo ideal após a perda de Gabriel, machucado. Robinho já jogou como volante e como meia, mas parece não se encontrar mais em nenhuma das duas funções. Foi só depois que ele saiu para a entrada de Cleiton Xavier que o Palmeiras melhorou em campo.

Veja abaixo como foi a vitória do Verdão, na manhã deste domingo, em São Paulo:



DISPARIDADE



Foram 342 passes certos do Fla, contra 104 do Verdão. O número de finalizações também foi um "esculacho" do Flamengo: 21 a 11. Mas quem saiu com três pontos foi o Palmeiras. Como?

O principal motivo foi a entrada de Cleiton Xavier, aos 12 minutos do segundo tempo. Não que ele tenha desfilado um talento absurdo, fora do normal. Mas o simples fato de ter se apresentado mais ao jogo do que o titular Robinho fez com que o Verdão passasse a contar com um homem de referência na armação – e que entrava na área, coisa que o camisa 20 não vinha fazendo.

Assim, logo em seu primeiro lance, Cleiton Xavier estava na região da marca do pênalti para cabecear uma bola alçada que ainda bateu em Samir antes de entrar – a arbitragem deu gol contra do zagueiro flamenguista. Esse foi "O LANCE" do jogo para o Palmeiras, já que o Flamengo havia acabado de virar a partida e era bem melhor em campo.



Cleiton Xavier entrou bem e ajudou o Palmeiras a vencer o Flamengo (Foto: Marcos Ribolli)



Com o empate e a presença de Cleiton Xavier, a torcida voltou a se animar e a empurrar o time (o público total foi de 37.739 torcedores, com renda de R$ 2.908.585,00). Alecsandro, até então isolado, fez uma bela jogada de pivô (no terceiro gol) e fechou o placar ao melhor estilo centroavante, na hora certa e no lugar certo.

– O Cleiton entrou muito bem. O Robinho estava com dores na perna e não rendeu tudo o que pode – disse Marcelo Oliveira.

O que o treinador precisa fazer - e ele mesmo admitiu isso na coletiva pós-jogo - é transformar o Palmeiras numa equipe que saiba trabalhar a bola. Nas três partidas anteriores, o Verdão também teve menos posse do que o adversário (49% contra Coritiba e Atlético-PR, e 48% diante do Cruzeiro). Até quando venceu com facilidade o Palmeiras teve menos a posse de bola (48% nos 4 a 1 sobre o Vasco).

– É um time que tem muita finalização, muito escanteio, porque joga muito em função do gol, mas não pode ser só isso. Tivemos novamente menos posse de bola, precisamos ter mais equilíbrio, mais posse – disse Marcelo Oliveira.

Vale ressaltar que o próprio treinador já admitiu que Cleiton Xavier ainda não se encontra 100% fisicamente, com ritmo para atuar durante 90 minutos, em dois jogos por semana.



PÊNALTI? (1)



O Flamengo começou no ataque. Com três minutos de jogo, o lateral-direito Pará apareceu na área do Verdão e caiu em disputa de bola com Andrei Girotto. Na opinião do comentarista Mauricio Noriega, do SporTV, o árbitro Igor Junio Benevenuto (MG) deveria ter marcado o pênalti. "Andrei perde o tempo da jogada e chega no corpo do Pará", disse Noriega.



FORÇA NO ESCANTEIO



O Palmeiras abriu o placar numa de suas jogadas mais fortes: gol de zagueiro em cobrança de escanteio. Aos 5, Zé Roberto alçou da esquerda, e Jackson chegou dando de cabeça. No ano, são nove gols de defensores em cobranças de córner: cinco de Vitor Hugo, três de Victor Ramos e este agora de Jackson.



PÊNALTI? (2)



O Flamengo voltou a reclamar a não marcação de um pênalti aos 16 minutos de jogo. Após cruzamento na área, Jackson vacilou no corte e foi desarmado por Guerrero. Prass saiu no combate ao peruano, que caiu.

– Ele dobrou o joelho esperando o contato, em vez de tentar prosseguir na jogada – disse o comentarista.



Prass foi questionado sobre o suposto pênalti em Guerrero e explicou:

– Eu nem trisquei nele, ele ficou reclamando com o árbitro. Aquele lance é simulação, tinha de levar cartão amarelo. O juiz falou que houve contato, mas, se houve contato, tinha de ter dado pênalti, e não foi – disse o goleiro.



CONTRA-ATAQUE

O Palmeiras tentava nos contra-ataques. Aos 17, Zé Roberto, substituindo Egídio (suspenso), avançou pela esquerda e cruzou. Rafael Marques apareceu bem de cabeça, mas mandou para fora.



PRASS!



O Flamengo quase empatou num lance muito parecido com o gol de Jackson. A diferença é que o Verdão tem Fernando Prass. Após escanteio batido por Alan Patrick, Guerrero chegou dando de cabeça, de cima para baixo. Prass, no reflexo, fez a defesa.



ATRÁS DA LINHA DA BOLA

Palmeiras com nove jogadores atrás da linha da bola, esperando a hora de contra-atacar (Foto: GloboEsporte.com)

Palmeiras com nove jogadores atrás da linha da bola, esperando a hora de contra-atacar



O Flamengo ficou o primeiro tempo inteiro no campo de ataque, com o Palmeiras se defendendo, esperando a hora de tentar o contragolpe. A posse de bola na etapa inicial foi de 72% para o Fla, contra 28% do Verdão, que chegou a ter todos os seus jogadores atrás da linha da bola em diversas ocasiões.

– Não é que a gente recuou tanto, a gente recuou um pouco. Depois do gol, deu uma recuada, mas não pode fazer isso porque atrai a equipe deles para o nosso campo. Temos de manter mais a posse de bola – disse Rafael Marques, no intervalo.



EMPATE



O segundo tempo começou da mesma forma que terminou o primeiro: com o Flamengo pressionando, e o Palmeiras limitado a se defender. O gol do Fla parecia questão de tempo. E surgiu aos 5, com Ederson, recém-contratado do Lazio e que entrou no intervalo no lugar de Everton. O camisa 10 do Fla desmontou a retranca alviverde ao ganhar uma dividida de Jackson e sair na cara do gol. Vitor Hugo não teve tempo de chegar na cobertura.



VIRADA DO FLA



Com a torcida alviverde em silêncio, o Flamengo virou o jogo aos 10, novamente com Ederson. De cabeça, o meia-atacante aproveitou o escanteio cobrado por Alan Patrick para colocar o time rubro-negro em vantagem.



CX8 EM CAMPO



Logo após a virada, Marcelo Oliveira colocou Cleiton Xavier em campo, no lugar de Robinho, que saiu vaiado por parte da torcida. No primeiro lance do camisa 8, gol do Palmeiras! Num bate-rebate na área, Arouca cabeceou para o meio, e Cleiton Xavier, também de cabeça, mandou na direção do gol. A bola saiu fraca, mas bateu no peito de Samir e entrou.



VIRA-VIRA



O gol reanimou a torcida alviverde. E quando muitos pediam a entrada de Cristaldo, Alecsandro apareceu com uma boa jogada de pivô. Zé Roberto trouxe da esquerda para o meio, usou o centroavante como "parede" e Dudu chegou batendo, por baixo do goleiro César, aos 20 minutos.





Cleiton Xavier sai do meio e abre espaço para Zé Roberto cortar para dentro e usar Alecsandro como pivô



A movimentação do setor ofensivo chamou a atenção. Dudu e Rafael Marques inverteram de lado, Cleiton Xavier saiu do meio para a esquerda e abriu espaço para a infiltração de Zé Roberto. Belo gol do Verdão, em jogada coletiva.



ALECGOL



A partir daí, o jogo mudou completamente, e só deu Palmeiras. Empurrado pela torcida, o Verdão liquidou a fatura cinco minutos depois, em jogada que envolveu Cleiton Xavier e Dudu até ser finalizada por Alecsandro. O centroavante comemorou muito o gol contra sua ex-equipe - e vibrou ao estilo Cristiano Ronaldo, avisando "eu estou aqui".

Depois do jogo, Alecsandro foi questionado sobre as "juras de amor" que havia feito à torcida do Flamengo. Ele disse:

– Não foram juras de amor. Falei na minha coletiva (de apresentação) de respeito ao torcedor do Flamengo, principalmente às crianças, que cantavam "Alecgol". Sei que pegou mal ao torcedor do Palmeiras, mas que eu disse que ia honrar a camisa do Palmeiras, como honrei a do Flamengo, e vou honrar.





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7038 visitas - Fonte: GE

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